Maringá - Uma semana depois do roubo de um avião Cessna 210 que estava num aeroporto particular de Presidente Castelo Branco (26 km de Maringá), a Polícia Civil não tem nenhuma pista da quadrilha acusada do crime. A aeronave foi roubada na madrugada de quinta-feira passada, quando cinco homens encapuzados e armados invadiram o aeroporto e renderam por cerca de 10 horas a família do vigia. A polícia acredita que o Cessna, prefixo PT-LNU, branco com faixa azul, avaliado em U$ 200 mil, pode ter sido roubado por uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas ou contrabando.
Segundo o delegado de Nova Esperança (35 km de Maringá), Arildo Fulgêncio de Almeida, a polícia espera o rastreamento das ligações feitas pelos assaltantes por um telefone celular do próprio aeroporto. Almeida disse que este tipo de avião é o preferido das quadrilhas de tráfico de drogas porque tem grande autonomia de vôo e facilidade para pouso em pistas pequenas. A Polícia Federal e o Sindacta (Centro Integrado Nacional de Defesa Aérea de Controle e Tráfego de Aeronaves) também foram acionados para investigações.
O delegado contou que o assalto começou por volta das 19 horas de quarta-feira. Três homens armados e encapuzados renderam os familiares do vigia e os mantiveram presos em um quarto até a chegada de outros dois integrantes da quadrilha. ''Os assaltantes fizeram lanche, tomaram cerveja e aguardaram o dia amanhecer, quando chegou o piloto que decolou a aeronave'', disse Almeida. Conforme o delegado, os homens escolheram o avião e pegaram combustível de outros dois que também estavam nos hangares. ''Eles seguiram no rumo do sudoeste do Estado, mas não temos nenhuma outra informação adicional''. Almeida afirmou que o roubo de aeronaves não é uma ocorrência comum no Paraná.