A Avenida Madre Leonia Milito (zona sul) será a próxima via a receber uma ciclovia em Londrina, dando sequência ao plano municipal de implantação de um sistema que interligará diferentes regiões para quem faz uso do transporte de duas rodas. A previsão é de que a obra fique pronta em 20 dias, para alívio de quem usa a bicicleta como meio de transporte para trabalhar ou estudar, como o pedreiro Donizeti de Lima, de 48 anos. "Aqui é difícil andar de bicicleta por causa do trânsito, quando precisamos cruzar a avenida de um lado para o outro os carros não deixam a gente atravessar", reclama Lima, que é funcionário de uma construtora responsável por uma obra na via.

O vendedor ambulante de salgados, Isaías Carlos Carvalho, 58, trabalha nas imediações da Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Sabará (zona oeste) e ressalta que as ciclovias são necessárias porque os motoristas não respeitam os ciclistas. "Na realidade a cidade inteira deveria ter ciclovias, sem exceção", afirma, contando que foi foi atropelado há um ano. "O motorista do carro nem parou para prestar socorro. A minha bicicleta estragou toda, o aro entortou e fiquei com o meu braço todo ralado", relembra.

Para o aposentado Antônio Ramos Neto, 72 , a via que poderia receber uma ciclovia e que ajudaria a interligar a zona norte com a região central é a Avenida Francisco Gabriel Arruda. "Essa avenida cruza de fora a fora um trecho bastante grande, mas como já tem corredores de ônibus, fica difícil para a gente andar de bicicleta por aqui", critica.

Atualmente a cidade conta com 33,75 km de ciclovias e ciclofaixas em vias como avenidas Leste-Oeste, dos Expedicionários, Adhemar de Barros e Harry Prochet, segundo informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina.