Famílias vão precisar anotar o que as crianças fizeram em diário
Famílias vão precisar anotar o que as crianças fizeram em diário | Foto: Gina Mardones - 22/05/2019

As aulas na rede municipal de ensino em Londrina vão ser retomadas de maneira remota no próximo dia 15 de abril, quarta-feira. De acordo com a secretaria municipal de Educação, diretores e professores das instituições educacionais da cidade estão reunidos nesta semana, também remotamente, para planejar o conteúdo que será repassado. A proposta foi aprovada pelo Conselho Municipal de Educação.

A ideia é que os pais sejam comunicados para comparecer nas unidades escolares na segunda (13) e terça-feira (14) da próxima semana, quando vão receber o material que vai ser aplicado às crianças e todas as orientações necessárias. “As famílias podem aguardar, porque a escola vai entrar em contato e agendar o horário para pai, mãe ou responsável ir buscar. A intenção é não aglomerar e respeitar o distanciamento preconizado pela secretaria de Saúde”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

A projeção é de que este formato de aula seja praticado com todos os cerca de 45 mil meninos e meninas que fazem parte da rede municipal, incluindo os centros filantrópicos. Para aqueles que estão matriculados no P4, P5 e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental será considerado obrigatório. “Ninguém vai ‘ficar para trás’, vamos mapear, avaliar e, se precisar, terá um plano de recuperação para depois que as aulas voltarem presencialmente”, garantiu.

Um diário será entregue com o conteúdo a ser instruído e nele as famílias vão precisar registrar se foi feito e o tempo que demorou. Isto será computado na carga horária anual. O livro didático será utilizado como apoio, além de outros materiais que vão ser distribuídos impressos. A medida vale por 15 dias e será reavaliada no início de maio, com possibilidade de uma nova rodada de instruções. Por enquanto, não há previsão de retorno das aulas presencialmente.

CONTEÚDO

Segundo Moraes, pesquisas mostram que quando os estudantes ficam um longo período sem receber conteúdo ou reforço, esquecem o que já aprenderam. “Não vamos trabalhar conteúdos novos e difíceis, mas sim consolidar o que foi aprendido. São atividades de leitura, interpretação de texto, estudos sobre os seres humanos”, explicou.

Desde que as aulas foram suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus, em 23 de março, vários centros educacionais já vinham enviando exercícios por meio das redes sociais. A ação deve continuar nas próximas semanas. A Educação garante que as famílias que não têm acesso à internet não serão prejudicadas. “O conteúdo que vamos disponibilizar por rede social é extra. O mínimo está garantindo a todos.”

ENGAJAMENTO

A secretaria apontou que o papel das famílias será crucial para que o conteúdo seja compreendido pelos estudantes. “Não é somente na escola que se aprende. Esperamos que este conteúdo seja bem desenvolvido. É novo, mas vai chegar aos pais de maneira muito simples. Se acharem difícil iremos alterar, melhorar. Precisamos do engajamento dos pais e responsáveis”, frisou Maria Tereza Paschoal de Moraes.

Na semana passada, o Ministério da Educação editou MP (Medida Provisório) que liberou as escolas de cumprir o mínimo legal de 200 dias letivos de aulas presenciais. A flexibilização vale para a educação básica e superior. No entanto, a pasta manteve a carga mínima de 800 horas anual.