"Vivemos um momento urgente em saúde pública, com sérios reflexos sociais”, alerta coordenadora do projeto UEL pela Vida
"Vivemos um momento urgente em saúde pública, com sérios reflexos sociais”, alerta coordenadora do projeto UEL pela Vida | Foto: Sergio Ranalli - Grupo Folha 19-05-2020

Iniciado com o objetivo de prestar serviços e reforçar a informação preventiva junto à população, o projeto UEL pela Vida, contra o Coronavírus completa nove meses de atividades, contabilizando mais de 75 mil procedimentos. As atividades deverão continuar, a partir de janeiro de 2021, em pelo menos sete frentes, mantendo 75 estudantes de graduação e de pós-graduação da Universidade Estadual de Londrina e ainda três profissionais da área da saúde como bolsistas. Os contratos de trabalho desses colaboradores deverão ser prorrogados até pelo menos abril do próximo ano.

Ficam mantidas as atividades do Disque Coronavírus (0800 400 1234), o apoio a Idosos em situação de risco e o projeto de orientação a trabalhadores de empresas da região. Também está garantida a continuidade do trabalho do grupo de apoio a profissionais da área da saúde; informação e divulgação científica de qualidade (Projeto Safety). Estão mantidos ainda os bolsistas que atuam na plataforma “Saúde Online Paraná”, aplicativo para teleconsultas, acolhimento e orientação de pacientes, desenvolvido em parceria com a Seti (Superintendência de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia) e que atende todo o Paraná.

DISQUE CORONAVÍRUS

Segundo a coordenadora do projeto UEL pela Vida, pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Mara Solange Gomes Dellaroza, as atividades que serão desenvolvidas a partir de janeiro representam uma nova fase do trabalho. A equipe de 78 estudantes e três profissionais bolsistas será mantida com o saldo dos recursos repassados pela Fundação Araucária.

Outro parceiro será a Prefeitura de Londrina, que ficará responsável pelos custos do Disque Coronavírus. O serviço é fundamental neste momento de expansão de casos da Covid-19, quando hospitais de todo o país sentem os reflexos do aumento de casos da doença ,e, com aumento da transmissão do vírus. “A pandemia não deu tempo. Vivemos um momento urgente em saúde pública, com sérios reflexos sociais”, explica a pró-reitora sobre a importância em manter o projeto.

VACINAÇÃO

Professora do Departamento de Enfermagem da UEL, Dellaroza explica que a expectativa é de que a vacina possa chegar aos brasileiros ainda no primeiro semestre de 2021. Ela ressalta, no entanto, que é preciso considerar que se trata de um processo que inclui a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sai), aquisição do medicamento e dos insumos, distribuição e finalmente a aplicação na população.

Ainda assim, de acordo com as informações repassadas pelo Ministério da Saúde, a vacinação será realizada em fases, iniciando pelos idosos, portadores de comorbidades e profissionais de saúde. “Os adultos e jovens saudáveis poderão ser os últimos a serem imunizados. Até lá teremos de seguir firmes com as recomendações para evitar a propagação do vírus”, salienta.

BALANÇO

O projeto UEL pela vida, contra o Coronavírus foi lançado em março e contou com investimentos de 460 mil, uma iniciativa da Fundação Araucária, com recursos da Seti, secretaria estadual de Saúde e grupo Itaipu.Segundo relatório fechado este mês, nesse período foram realizados 75.598 procedimentos, entre eles, 12.303 atendimentos telefônicos; 11.649 monitoramentos e esclarecimentos em rodovias; 5.885 contatos telefônicos com idosos e 546 visitas de apoio.“Entendemos que os números espelham o potencial de uma Universidade Pública para prestar serviços e atender a sociedade com rapidez e eficiência”, opina ela. (Com informações do Portal de Notícias da UEL)