Atendimento especializado devolve esperança a pacientes
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sábado, 04 de março de 2000
Atendimento especializado devolve esperança a pacientes Dorico da SilvaLaís e a mãe Maria Aparecida: tratamento indispensávelDorico da SilvaBruna Pereira Nacimento, 9 anos: alta miopia e ambliopiaDorico da SilvaMário Donizeti Leoni, que perdeu a visão aos 32 anos durante o trabalho como tratorista: peças artesanais No Cadevi, é possível ver crianças e adultos que tiveram nova perspectiva de vida depois que passaram a receber tratamento para seus problemas visuais. Bruna Pereira Nacimento, de 9 anos, tem alta miopia e ambliopia (um olho enxerga mais que o outro, o que leva o paciente a dar preferência para aquele que enxerga melhor, levando o outro à cegueira por falta de uso). Antes de ter seu problema detectado, tinha que ficar colada à TV para enxergar alguma coisa e, na sala de aula, pouco via. Hoje seu problema está sendo revertido e seu olho não corre mais o risco de atrofiar. Maria Aparecida Moura, mãe de Laís Dias Moura, de 9 anos, não consegue imaginar o que seria da vida da filha não fosse o tratamento recebido no centro. Por causa de uma rubéola durante a gestação, a garota nasceu com deficiência mental, auditiva e visual (catarata congênita bilateral). Com a surdez profunda, Laís só se comunica através da visão e de gestos. Ela vai na direção daquilo que quer, por isso consigo entendê-la, diz a mãe. No caso de Laís, a luta para manter o resíduo visual é imprescindível. Através do atendimento especializado, foi possível diminuir cinco graus em cada uma das lentes de seus óculos, que ainda têm 15 graus no olho direito e 12 graus no esquerdo. Um das vantagens foram as lentes mais leves. Para Mário Donizeti Leoni, de 44 anos, descobrir-se capaz de realizar alguma atividade foi como nascer de novo depois que passou a conviver com a escuridão, aos 32 anos de vida. Ex-agricultor, ele perdeu totalmente a visão depois que uma peça do trator que dirigia atingiu seu rosto, provocando descolamento de retina. Durante um ano, Donizeti não recebeu nenhum atendimento especializado. Foram os meses mais amargos de sua vida. Há seis anos passou a ser atendido no Cadevi e hoje é um de seus cartões de visita. Alegre e sempre falando muito, o ex-agricultor surpreende pela perfeição de seus trabalhos artesanais, feitos em sisal, barbante e outros materiais. De suas mãos saem bolsas, cortinas e tapetes que complementam a renda da família. Isto aqui é maravilhoso, diz. (S.L.) Leia mais sobre o assunto na página 2