Assistência Social de Londrina busca famílias acolhedoras
Objetivo é dar um lar temporário para crianças ou adolescentes afastadas de suas famílias em decorrência de alguma medida de proteção
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Objetivo é dar um lar temporário para crianças ou adolescentes afastadas de suas famílias em decorrência de alguma medida de proteção
Maria Tereza Nascimento - Estagiária
A Secretaria Municipal de Assistência Social de Londrina está em busca de famílias interessadas em acolher temporariamente crianças ou adolescentes que estão afastadas do convívio familiar em decorrência de alguma medida de proteção.
O programa foi instituído no município em 2015. O objetivo é que, enquanto a Justiça busca resolver a situação que levou à separação da família, o lar acolhedor seja uma alternativa que ofereça cuidado, carinho, afeto e se responsabilize pelas atividades rotineiras do acolhido até que ele possa retornar para sua família de origem ou seja encaminhado para a adoção.
Em Londrina, há cerca de 100 crianças ou adolescentes que poderiam estar em famílias acolhedoras. A idade delas pode variar de 0 até 18 anos incompletos, mas, neste momento, a maioria tem entre 0 e 6 anos de idade.
De acordo com Thaysa Desirée de Oliveira, referência Técnica do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, o ambiente familiar é fundamental para que a criança ou o adolescente consiga desenvolver recursos emocionais, sociais e afetivos para lidar com a situação apresentada. “Recebemos diversos relatos de famílias que já acolheram afirmando que a presença de uma criança ou adolescente em casa as possibilita experimentar novas formas de cuidado, amor e dedicação, além da satisfação em perceber que fizeram a diferença na vida do acolhido”.
Para se candidatar, alguns critérios precisam ser seguidos, como ser maior de 21 anos - sem restrição quanto ao sexo e estado civil; não ter interesse em adoção; concordância de todos os membros da família; residir em Londrina há pelo menos 1 ano; não apresentar pendências com a justiça e com o Conselho Tutelar que indiquem a inadequação da guarda provisória; não ter passado por situações de luto ou perda recente e comprovar renda fixa de pelo menos um membro da família.
Todas as famílias são bem-vindas e não é necessário ter configuração de uma família tradicional para ser um lar temporário. No momento, existem19 famílias acolhedoras habilitadas em Londrina.
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PROCESSO DE ACOLHIMENTO
A partir do momento que uma família se candidata, a equipe do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora - formada por um assistente social e um psicólogo - realiza visitas na casa, entrevistas e avaliações com todos os membros da família.
Se selecionada, a família recebe toda a documentação e passa por um processo de capacitação. Ao término, e se bem-sucedido em todas as etapas, a família se torna um lar acolhedor habilitado. “É importante destacar que o acolhimento de uma criança ou adolescente é realizado de uma forma cuidadosa e respeitosa. Antes de receber em casa, é realizada uma aproximação para estabelecer um vínculo entre a criança ou adolescente e a família acolhedora”, explica Thaysa Desirée.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê que o acolhimento pode durar até 18 meses, porém, este período pode variar de acordo com o andamento do processo judicial. A equipe técnica realiza uma estimativa do tempo que poderá durar o acolhimento e, a todo momento, busca se adequar às possibilidades da família, já que algumas têm facilidade de lidar com processos rápidos, enquanto outras o perfil de acolhimento longo é o mais adequado. As famílias também recebem acompanhamento profissional, incluindo suporte psicológico e social.
'SIMPLES E EMOCIONANTE'
Uma das famílias que já foi lar temporário por 8 meses define a experiência como “simples e emocionante”. Para os membros da família, foi um período enriquecedor como ser humano e família. “Esse processo nos trouxe uma união em torno de uma criança que precisava do nosso apoio, proporcionando mais amor para dentro de casa”, compartilha.
CADASTRO
As famílias interessadas em se cadastrar para serem lar temporário podem entrar em contato pelos telefones (43) 3378-0589 (ligação) ou (43) 99993-3366 (WhatsApp), ou pelo e-mail [email protected].
Também é possível preencher o formulário on-line ou ir pessoalmente até a Rua Raposo Tavares, 828 - de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.
Supervisão - Celso Felizardo - editor