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Albari RosaFani Lerner e menina índia na 1ª Feira de Artesanato Indígena: exibição de filmes e atividades didáticasArcos e flechas, cestos, chocalhos, cocares, esculturas em madeira e mais 500 objetos indígenas estão sendo vendidos na Casa do Artesanato, localizada no centro de Curitiba, até 2 de maio. A 1ª Feira de Artesanato Indígena do Paraná conta ainda com uma oca, onde índios Guarani e Kaingangue estarão mostrando o processo de fabricação das peças. A secretária estadual da Criança e Assuntos da Família, Fani Lerner, esteve presente à abertura da feira. ‘‘Esta é uma homenagem à cultura indígena do nosso País’’, disse Fani, que visitou todos os estandes.
A feira é promovida pela Secretaria de Estado da Criança e Assuntos da Família, em parceira com a Fundação Nacional do Índio (Funai), em homenagem ao Dia Nacional do Índio, comemorado hoje. O gerente do evento, Arcioli Martins de Oliveira, explicou que a expectativa é de que todas as escolas públicas e privadas de Curitiba visitem a feira, participando das atividades educativas que foram programadas para os estudantes. ‘‘Haverá exibição de filmes e várias outras atividades didáticas.’’
Atualmente, a população indígena no Brasil é de aproximadamente 250 mil indivíduos, divididos em 220 grupos étnicos. No Paraná, nove mil índios se dividem em seis tribos, entre as quais estão os Guaranis, os Xoclengs e os Kaingangues. A mulher do cacique da tribo Guarani, Natália Venit, 76 anos, participou da solenidade de abertura da feira, confeccionando peças artesanais. Moradora da Ilha da Cutinga, no litoral paranaense, ela contou que sobrevive da venda dos objetos e da agricultura. ‘‘Faço cestas, balaios e flechas e vendo cerca de 40 peças por mês.’’
O Guarani é um dos maiores grupos indígenas da América do Sul, e cerca de dois mil de seus integrantes vivem no Paraná. Natália tem oito filhos e confessou estar emocionada diante da festa preparada em homenagem aos índios. ‘‘Espero poder vender bastante nesses dias.’’