A secretaria da Mulher e Assuntos da Família de Apucarana (Centro-Norte) realiza a Campanha “21 Dias de Ativismo de pelo fim da Violência contra mulheres”, que busca sensibilizar a sociedade para o tema. A programação começou na segunda-feira (25), com o Encontro de Mulheres Negras.

As palestras e roda de conversa foram conduzidas pela psicóloga Mara Prates, ativista do Coletivo de Mulheres Negras, e Ivanilda Vitalino também integrante do Coletivo de Mulheres Negras e conselheira de Direitos do Conselho Municipal de Direitos das Mulheres. Elas abordaram temas como o protagonismo e resistência das mulheres negras, pelo enfrentamento do racismo e da violência de gênero.

O encontro encerrou com a realização de uma oficina de bonecas Abaomy, símbolo da cultura afro-brasileira, especialmente na luta pela valorização da identidade negra e o empoderamento das mulheres negras. A oficina foi ministrada por Jandira Soares da Silva Mincachi, conselheira do Conselho Municipal de Direitos das Mulheres, ativista do Movimento Consciência Negra Macone e Coletivo das Mulheres Negras.

Boneca abayomi é o nome de uma boneca negra de pano sem costura e sem cola, feita apenas com nós de tecidos. Um símbolo de resistência e tradição, e também o nome de um livro infantil. Conta-se que as bonecas abayomi eram feitas por mães em navios negreiros, com pedaços de suas saias, como forma de gerar segurança e transmitir afeto para os filhos que as acompanhavam no trajeto.

O Encontro de Mulheres Negras teve também a participação da secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, e a equipe do Centro de Atendimento à Mulher.

CAPACITAÇÃO

Também dentro da programação da campanha foi realizada a capacitação da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, com palestras do promotor de Justiça da 6ª Promotoria da Comarca de Apucarana, Luís Fernando Feitosa, e a delegada da Delegacia Especializada da Mulher de Apucarana, Luana Lopes.

A capacitação reuniu, no Centro de Atendimento (CAM) à Mulher, agentes da Guarda Municipal, Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, equipe do CAM, Conselho Municipal do Direito das Mulheres, Defensoria Pública, Clínica da Escola de Psicologia da FAP, Núcleo de Prática Jurídica da FAP e Conselho Tutelar.

“A violência contra mulher é um tema recorrente e representa a maior demanda na minha promotoria. O número de casos é elevado, mas tem o lado positivo o fato de que a rede de atendimento à mulher em situação de violência está funcionando em Apucarana e as mulheres têm mais segurança para fazer denúncia”, afirma o promotor Luís Feitosa.

O prefeito Junior da Femac destaca que “qualquer caso de violência contra mulher é relevante. Não se pode minimizar qualquer situação desde uma agressão verbal. Não queremos que nenhuma mulher sofra qualquer tipo de violência. Agradeço toda rede; o trabalho de cada um é fundamental.”

(Com informações da Prefeitura de Apucarana)