Com as obras iniciadas em agosto de 2022, o Aterro do Lago Igapó, na região central de Londrina, passou por uma revitalização, que foi concluída neste mês, após três prorrogações de prazo.

O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, explicou que o prazo para finalização das obras venceu no dia 3 de agosto deste ano. O valor total do investimento foi de R$ 1.286.279,94 e um reequilíbrio econômico-financeiro no valor de R$ 44.543,10 está em trâmite.

Em junho deste ano, a prefeitura formalizou um aditivo que definiu a nova data de entrega da revitalização para agosto. Foi a terceira prorrogação de prazo, que já havia passado de fevereiro para abril, depois para junho e agora para este mês. A empreiteira responsável pela obra, que é de Londrina, indicou a necessidade de mais tempo para os serviços das passarelas e dificuldades com as chuvas.

Canhada explica, ainda, que as obras foram entregues no novo prazo estabelecido no contrato, mas que alguns danos registrados durante eventos - como a quebra de calçadas - precisaram ser corrigidos pela empreiteira contratada. "A obra, portanto, encontra-se concluída. Informo, também, que os reparos e as correções mencionados já foram finalizados. A medição final está sendo feita pela fiscalização", ressalta.

Imagem ilustrativa da imagem Após três prorrogações, revitalização do Aterro do Igapó é concluída
| Foto: Caroline Knup

O secretário explicou que a revitalização foi necessária, uma vez que o espaço é uma área pública voltada para o lazer e para a prática de diversas atividades físicas, tanto pelos moradores da região quanto por pessoas de outras áreas de Londrina, que aproveitam para fazer caminhadas, corridas e atividades ao ar livre.

“É fundamental manter o espaço em condições adequadas de utilização. Com a reforma dos passeios, incluindo acessibilidade, e a implantação de mobiliário urbano, nós acreditamos que o uso desta área será ampliado, proporcionando maior conforto e segurança para todos”, completou Canhada. A revitalização inclui ainda sinalização da ciclovia e das ruas do entorno, da instalação da iluminação em LED e da troca dos tachões por floreiras, como as que foram instaladas no Lago Igapó 2.

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| Foto: Caroline Knup

MORADORES E VISITANTES

Para a empresária Janaína Godoy, que é moradora da região e frequenta a área, sobretudo, aos fins de semana, as lâmpadas de LED são um dos destaques da revitalização, especialmente devido à segurança que oferecem não somente aos visitantes, mas também aos moradores da região. "Gosto dessa região e agora, com a nova iluminação, acho que está seguro. Mas ainda acho que faltam muitas coisas e muita iluminação, porque as árvores deixam tudo muito escuro e muito fechado. Ainda tenho medo de vir aqui sozinha à noite, mas já está melhor do que antes", relata.

Apesar de se dizer satisfeita com o trabalho feito até o momento, Godoy defende que existem outros aspectos que merecem atenção por parte da administração municipal. "Ainda falta colocar uns bebedouros aqui, assim como um banheiro e mais iluminação. Se tiver um banheiro, também precisa de alguém para cuidar", afirma a empresária.

A professora e empresária Helenita Freitas, moradora da região há quase 30 anos, afirma ter acompanhado o desenvolvimento do Aterro do Igapó desde o início até o estágio atual da revitalização. "Moro no primeiro prédio que construíram aqui e essa parte teve uma revolução imensa. Nem parece a mesma Londrina de 1995, quando mudei para cá", observa. "Colocaram várias luzes aqui e, sempre que venho, vejo um carro da polícia ou da Guarda Municipal. A revitalização foi fundamental aqui e acho que deveria ter em outros lugares de Londrina, como alguns espaços de lazer no Jardim Tóquio", pontua.

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| Foto: Caroline Knup

MAIS QUALIDADE

As melhorias têm impactado também os comerciantes da região. Renata Lima de Carvalho, proprietária de uma marmitaria localizada em frente ao espaço, acredita que a revitalização será positiva, já que favorece a visitação de mais pessoas. Apesar disso, ela evidencia que algumas melhorias precisam ser feitas para trazer mais qualidade de vida para os trabalhadores, moradores e visitantes da área. "O primeiro ponto para mim seria desentupir as bocas de lobo, que têm um mau cheiro terrível e, infelizmente, chegam a atrapalhar nosso desenvolvimento como comerciantes", aponta.