Com o número de casos ativos de coronavírus em patamares alarmantes, Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina) vai “fechar” para visitantes durante, pelo menos, dois dias. A medida começa nesta sexta-feira (11) e vai até sábado (12), com possibilidade de ser estendida também no domingo (13). A prefeitura determinou que o acesso seja limitado apenas aos donos de chácaras e sítios na cidade ou os próprios moradores.

Imagem ilustrativa da imagem Alvorada do Sul proíbe entrada de visitantes neste fim de semana
| Foto: Sérgio Ranalli - 06/08/2015

Uma barreira sanitária foi montada na principal entrada do município e haverá controle de quem entra e sai. “Não queremos impedir o direito de ir e vir de ninguém, no entanto, diante do quadro da pandemia e a situação que estamos, temos que fazer isso. Vamos receber quem é proprietário, o comércio estará aberto. O problema é que o proprietário vem e junto vem mais gente para fazer festa, o que devemos coibir neste momento”, justificou Valteir Aparecido Bazoni, secretário municipal de Saúde.

A promessa é pelo reforço na fiscalização. “Desde o início da pandemia fazemos barreira e temos orientado sobre uso de máscara, distanciamento. Vamos continuar com esse trabalho e ‘apertar’ a fiscalização na rua. Agora vamos dar multa e cobrar”, alertou. A sanção para a pessoa física que infringir as regras de segurança e combate à Covid-19 é de cerca de R$ 500. Para os comércios que desrespeitam as indicações o valor da penalidade é de R$ 9 mil. O trabalho é feito por servidores de todas as secretarias da prefeitura, com apoio da PM (Polícia Militar) e respaldo do MP-PR (Ministério Público do Paraná).

O poder municipal tem apostado na conscientização da população diante da gravidade do momento. “Não dá para cercar tudo. Estamos esgotados de orientar. Todos já sabem que não dá mais para suportar aglomerações e festas. Das outras vezes que fizemos as barreiras surtiu efeito. É hora de consciência e sabedoria”, ressaltou.

O secretário relatou que tem notado um relaxamento “natural” dos cuidados, o que tem refletido nos números de doentes e hospitalizados. “A pessoa se sente protegida na beira do rio, em volta da represa, só que traz pessoas que não são da casa, chama amigos. Quem chega se sente tão à vontade que para de usar máscara, não segue o distanciamento e isso é perigoso. Pedimos que evitem de vir para cá. Conhecemos praticamente todos os habitantes e quem têm chácara. Será exigido documento e a placa vai ser anotada”, advertiu.

Alvorada do Sul tem uma população estimada em pouco mais de 11 mil moradores. A cidade está com média diária de 80 casos ativos e cinco pessoas em internamento. “Estabilizados, porém, numa média alta. Há dois meses eram cinco infectados (ativos) e nenhum intubado ou precisando de hospital. Há 45 dias houve uma crescente e há 15 dias ‘explodiram’ (os números), se mantendo altos”, preocupou-se. O município está vacinando trabalhadores da educação e os habitantes no geral entre 55 e 59 anos contra a doença.

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