Kauana Teodoro,  Ana Clara Castro e Nicole Matorano, do aplicativo AgroHelp
Kauana Teodoro, Ana Clara Castro e Nicole Matorano, do aplicativo AgroHelp | Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

Alunos do Colégio Sesi/Sesi Internacional de Londrina tiveram projetos credenciados para participações em feiras e competições de ciências e inovação de abrangência nacional. As equipes dos projetos Seemova, Acess4all, AgroHelp e o robô Mille se destacaram em disputas locais e partem para desafios mais altos. O Seemova participará da 25ª Ciência Jovem, em Recife (PE), em novembro. Já o Acess4all e o AgroHelp participarão da Mostratec, que será realizada em outubro em Novo Hamburgo (RS). O robô Mille, por sua vez, encara a etapa nacional da OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica) que também será realizada em outubro, entre os dias 22 e 26, na cidade de Rio Grande (RS).

Heloísa Rocha Luz e Julia Souza, do aplicativo Seemova
Heloísa Rocha Luz e Julia Souza, do aplicativo Seemova | Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

Um projeto concebido pensando na acessibilidade é o Seemova, desenvolvido pelas alunas Heloísa Rocha Luz, 17, e Julia Souza, 16. Ambas estão no, do 2º ano do ensino médio e quando o problema foi proposto, pesquisaram e constaram que a deficiência mais presente no colégio era a baixa visão. Segundo Luz, o propósito é promover autonomia ao deficiente visual em cidade construída para videntes. “A gente desenvolveu o aplicativo que envia sinais sonoros quando o transporte público estiver chegando no ponto de ônibus", descreve Luz. A pessoa cadastraria a linha de ônibus que utiliza e o aplicativo avisa quanto tempo o ônibus levará para chegar. A equipe realizou testes com um colega de baixa visão e a simulação foi bem-sucedida. Souza explica que o próximo passo é conversar com as empresas que operam o transporte coletivo em Londrina para ver se é possível implantar o projeto.

Patricia Maria Alves

Outro aplicativo, o AgroHelp, desenvolvido pelas alunas Kauana Teodoro, Nicole Matorano, Ana Clara Castro (todas com 16 anos). O objetivo é conectar estudantes de agronomia com os produtores rurais. Por meio dele, os produtores rurais podem publicar suas demandas e os estudantes com disponibilidade e conhecimento podem se candidatar a ajudar. “Isso contaria como horas de estágio na faculdade. Para o produtor que não possui disponibilidade para cuidar da própria fazenda também é uma forma dele conseguir isso”, destaca Teodoro. “Dentro do aplicativo haverá uma classificação em que os produtores poderão dar até cinco estrelas ou colocar algum comentário sobre o estudante. Quando esse estudante for procurar algum trabalho ele terá indicações dessas pessoas”, aponta.

Veridiana Guarany M. P. Martins Araujo, Clarice Avansini Rosa e Gustavo Rotta, do Acess4all
Veridiana Guarany M. P. Martins Araujo, Clarice Avansini Rosa e Gustavo Rotta, do Acess4all | Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

Já os alunos Clarice Avansini Rosa, Gustavo Rotta e Veridiana Guarany M. P. Martins Araujo, do 7º ano, sob supervisão dos professores Pedro Henrique de Freitas e Bruno Garcia Oliveira, ficaram em primeiro lugar na Feira de Inovação, Ciências e Tecnologia do Colégio Sesi com um projeto sobre drone. Depois da boa avaliação, os professores acharam que precisariam submetê-la a um projeto de pesquisa mais desafiador e sugeriram a criação de um aplicativo. “Mas foi deles a ideia de criar ­uma plataforma colaborativa, a Acess4all , que vai mensurar a acessibilidade de estabelecimentos comerciais em Londrina”, aponta Freitas.

Araujo ressalta que o principal desafio é se colocar no lugar das pessoas com necessidades especiais. Rosa observa que o fato de o grupo não passar pelas mesmas dificuldades dificulta o processo de desenvolvimento. E para ter uma melhor compreensão, Rotta conta que eles vão entrar em contato com pessoas com necessidades especiais. A expectativa é de que a nova plataforma fique pronta em um mês e meio.

Cesar de Alcantara Souza, Ely de Melo Diniz, Nicolas Kaneta Gasparin, da equipe Digital Clashers
Cesar de Alcantara Souza, Ely de Melo Diniz, Nicolas Kaneta Gasparin, da equipe Digital Clashers | Foto: Vítor Ogawa - Grupo Folha

O grupo formado pelos alunos do 2º ano do Ensino Médio Cesar de Alcantara Souza, 16, Ely de Melo Diniz, 17, Nicolas Kaneta Gasparin, 16, criaram o robô Mille com peças de Lego, com vários sensores. Com ele o grupo "resgatou" bolas de isopor simulando vítimas em cenários que imitam ambientes de desastre. Eles participarão da competição nacional que será realizada entre 22 e 26 de outubro no município de Rio Grande (RS). “O vencedor ganha vaga na Robo Cup, que é uma competição internacionall”, Kaneta. “Perder faz parte do processo. A gente também já perdeu. Isso serviu de exemplo do que a gente não deveria fazer”, ressalta Diniz. Souza relata que os robôs precisam ser inéditos. “Uma equipe não pode copiar o robô da outra equipe e nem de anos anteriores”, explica.

PATROCÍNIO

Os estudantes agora se mobilizam para arrecadar recursos que viabilizem a participação nos eventos. Eles estão vendendo pizzas promocionais que podem ser adquiridas até esta quarta-feira (4). A entrega será no dia 6 de setembro, no Colégio Sesi (Rua Belém, 844, Centro ). Além disso, buscam patrocínio de empresas interessadas em apoiar os jovens cientistas.

SERVIÇO - Para colaborar com as pizzas ou patrocínio o contato é : (43) 3294-5100 ou 5123