Com uma média de quatro queimadas por dia, a Prefeitura de Apucarana (Centro-Norte) tenta implantar medidas para frear a ação dos infratores. A mais recente é a lei sancionada na semana passada que proíbe este tipo de prática. A legislação prevê multas para quem atear fogo na limpeza de terrenos, provocar incêndio em área de preservação permanente e queimar pneus, borrachas, madeiras e outros materiais. Os valores, no entanto, ainda estão sendo definidos.

Imagem ilustrativa da imagem Ainda sem definir valores de multas, Apucarana proíbe queimadas
| Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

Apesar da proibição, o secretário do Ambiente do município, Gentil Pereira, admite que os responsáveis pelas queimadas ambientais conseguem escapar da fiscalização. "Em todas as situações que atendemos nesse ano, não pegamos ninguém. Quando a equipe chega, só encontra o fogo. Quando acham alguém por perto, não entregam o autor. Quem sabe isso pode parar um pouco com a divulgação dessa lei e as multas pesadas que vamos aplicar", informou.

Hoje, as denúncias são feitas no telefone da secretaria, o (43) 3242-0142, que funciona somente em horário comercial. As ligações do período noturno e na madrugada são registradas diretamente no 153 da Guarda Municipal, que possui agentes para fiscalizar essas irregularidades. A lei sancionada pelo prefeito Júnior da Femac indica a criação de um disque-denúncia, mas a ferramenta também está em fase de desenvolvimento.

"Garanto que vai ser 24 horas", frisou Pereira, sem definir uma data para o início do funcionamento do canal. "As pessoas precisam se conscientizar de que queimada afeta não só o meio ambiente, mas a saúde de quem tem problemas respiratórios", afirmou.

LEIA TAMBÉM:

- Apucarana implanta faixa especial para motos em seis cruzamentos

ESTATÍSTICAS

O Corpo de Bombeiros de Apucarana registrou 303 queimadas em 2019, 257 em 2020 e 103 até esta quarta-feira (17) em 2021. O órgão atende 20 municípios da região. São dois quartéis em Apucarana, um em Arapongas e postos de combatentes comunitários em Faxinal e Jandaia do Sul.

Mesmo com a queda nas ocorrências, o secretário afirma que os números nem sempre refletem a realidade. "Pode colocar 20% a mais nessa conta. Muitas queimadas nem são registradas. O combate é difícil pelo baixo efetivo, que precisa atender esse tipo de situação e várias outras", ponderou.

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1