Adolescente morre afogado após pular no lago Igapó
Operação para retirada do corpo pelos bombeiros durou aproximadamente duas horas
PUBLICAÇÃO
domingo, 08 de novembro de 2020
Operação para retirada do corpo pelos bombeiros durou aproximadamente duas horas
Pedro Marconi - Grupo Folha
Um adolescente de 14 anos morreu na tarde deste domingo (8) após pular no Lago Igapó 1, na zona sul de Londrina. Ele estava com amigos e o irmão na barragem quando entrou na água para se refrescar, por volta das 15h, e não foi mais visto. A suspeita é de que ele tenha passado mal antes. O jovem não saberia nadar, mas teria habilidade em boiar e mergulhar.
Ele foi encontrado perto do ponto onde havia entrado, na barragem, numa profundidade de aproximadamente quatro metros, 20 minutos após sumir. A operação para retirada do corpo durou duas horas e contou com dois mergulhadores.
“Havia o irmão que estava na água, um maior de idade, e solicitou que o menor pulasse. O adolescente pulou e acabou afundando. O médico do Samu esteve no local e constatou o óbito dessa vítima”, relatou o tenente Luciano Camilo, dos Bombeiros.
FARRA
Com a temperatura acima dos 30° graus neste domingo, dezenas de famílias e grupos aproveitaram o dia no Igapó. A grande maioria aglomerada e sem máscara, mesmo com a legislação obrigando o acessório, em razão da pandemia de coronavírus. Carros ficaram espalhados no gramado, com som alto e pessoas consumindo bebidas alcoólicas.
Mesmo após o desaparecimento do garoto, diversas pessoas continuaram se banhando no lago, o que não é recomendado. Muitas crianças, inclusive, com os pais. Durante o serviço dos bombeiros, alguns jovens e adultos seguiram realizando manobras com jet skis, sendo repreendidos pelos socorristas, o que não adiantou. Enquanto o adolescente era resgatado, as pessoas se aglomeraram ainda mais, não respeitando o distanciamento mínimo de dois metros, indicado pelas autoridades em saúde.
“Está bem cheio de pessoas que vêm se divertir aqui, mas a área é inapropriada para banho. Tem gente com motos aquáticas, o que ocasiona muito perigo. É um local que deve ser evitado. Mar, rios e lagos, que não possuem uma profundidade gradativa igual piscina, é complicado. As pessoas têm que respeitar. Se não souber nadar e nem flutuar, não entre na água”, recomendou.
Atualizada às 18h46