A Prefeitura de Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina) informou nesta sexta-feira (17) à tarde que o abastecimento de água foi restabelecido em toda a cidade. Por volta das 12h cerca de 90% dos imóveis já estavam com água nas torneiras. “Vai ser uma retomada gradual, não vai estar com a mesma vazão, pode ter intermitência de corte. Não temos um reservatório na melhor qualidade possível, mas vai voltar”, alertou Rodolfo Brandão, coordenador da Defesa Civil no município.

LEIA TAMBÉM: Moradores de Jataizinho são atendidos por caminhões-pipa

Imagem ilustrativa da imagem Abastecimento de água é normalizado em Jataizinho
| Foto: Divulgação - Defesa Civil de Jataizinho

Na madrugada da última quarta-feira (15), o maior reservatório de água da cidade se rompeu, na rua Piquiri, área central, com o extravasamento de aproximadamente 1,2 milhão de litros. A “tromba d’água” destruiu três casas que ficavam ao lado da estrutura – que pertence ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) -, sendo que uma idosa de 70 anos sofreu fratura de fêmur e bacia e precisou ser trazida para Londrina, onde passou por uma cirurgia.

Segundo Brandão, desde o dia em que houve o problema funcionários do serviço autônomo da cidade e de outros municípios da região estão trabalhando para mudar o trajeto da rede de galerias. “Tivemos que fazer readequações técnicas e físicas no sistema de tratamento e nos demais canais de distribuição e bombeamento para que houvesse essa retomada”, explicou. “Samaes da região ajudaram com peças, trator, material técnico”, acrescentou. Jataizinho tem três reservatórios de água.

As aulas na rede municipal e estadual de ensino deverão voltar na segunda-feira (20). O município garantiu que está acompanhando as famílias que ficaram desalojadas. “Entre quarta (15) e quinta-feira (16) estávamos realizando as tratativas para aluguel de casas, compra de supermercado, eletrodomésticos, móveis e acredito que nesta sexta essas famílias estejam nas casas que estamos alugando por tempo indeterminado”, destacou.

LAUDO

Em entrevista à FOLHA nesta semana, Regina Aparecida de Souza Uehara, que teve o imóvel mais atingido, com dois carros ficando embaixo de escombros, relatou que que teria informado o poder público de cinco a seis vezes que supostamente havia rachaduras no muro do reservatório e que estaria minando água, o que considerou perigoso.

A Defesa Civil garantiu que a SAAE fez uma limpeza do reservatório no início do ano e que não foram constatadas adversidades. “Estamos aguardando ainda para esta sexta a presença de engenheiros civis da agência que faz a regulação dos SAAEs e Samaes, que vão entregar um laudo indicando o que houve, o que pode ser construído agora, quais modelos mais adequados”, elencou.

****

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.