GM e Fiat devem unificar áreas no BR
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sábado, 18 de março de 2000
GM e Fiat devem unificar áreas no BR Agência Estado De São Paulo General Motors e Fiat devem unificar a produção de motores, transmissões e fundição no Brasil, além de realizar compras conjuntas de matérias-primas e componentes. Esse será o primeiro resultado, no País, da aliança internacional em que a GM vai adquirir 20% das ações da empresa italiana. Já a Fiat ficará com 5,1% das ações da maior montadora do mundo. O negócio, avaliado em US$ 2,4 bilhões, envolve apenas troca de ações. A GM tem cinco unidades de motores, transmissão e fundição que funcionam na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, e uma na Argentina. A Fiat concentra essas atividades em Betim (MG) e, em junho, inaugura outra unidade exclusiva de motores na mesma área, com investimentos de R$ 700 milhões. O presidente da General Motors do Brasil, Frederick Henderson, afirma que, em princípio, não haverá fechamento de unidades e nem dispensa de pessoal. Mas não sabemos o que pode ocorrer no futuro. Ele ainda não soube avaliar a economia que a união vai proporcionar. Em termos internacionais, representará redução de custos anuais de US$ 1,2 bilhão a partir do terceiro ano de sinergia e de US$ 2 bilhões após o quinto ano informormaram John Smith e Paolo Fresco, presidentes da GM e da Fiat, respectivamente. Segundo Henderson, será criada uma nova empresa no Brasil para gerenciar os negócios. Ele acredita que o processo estará concluído em um ano. O superintendente da Fiat do Brasil, Gianni Coda, só comentará o assunto quarta-feira, quando retorna da Itália. Ele será o único representante da América do Sul no comitê internacional que identificará as áreas de cooperação dos grupos. Henderson informou que não está previsto, no curto prazo o uso de plataformas comuns para desenvolvimento de novos projetos. As duas marcas vão continuar competindo no mercado mundial e brasileiro. Já a produção de componentes comuns está nos planos das duas companhias.