DivulgaçãoUm piloto de testes capotou o Classe-A em uma avaliação na Europa O Classe-A, carro compacto que será produzido pela Mercedes-Benz, em Juiz de Fora, a partir de dezembro de 98, poderá passar por modificações, devido ao acidente ocorrido dia 24 de outubro, em um test-drive com modelo similar fabricado na Alemanha.
O piloto de testes Robert Collin, que se acidentou ao volante do novo Mercedes Classe A, exigiu que a empresa alemã tire o carro de circulação por considerar que não está apto para a direção.
O carro, com Collin ao volante, capotou há alguns dias quando o redator-chefe da revista especializada sueca Teknikens Vaeld fazia um teste de curvas para se esquivar de obstáculos.
Um porta-voz da Daimler Benz rejeitou totalmente as acusações e disse que em hipótese alguma se estuda suspender sua comercialização.
A montadora poderá adaptar um sistema eletrônico que será colocado no carro europeu ou até mesmo encontrar outra solução técnica para evitar acidentes, pois tem prazo para buscar alternativas, segundo a assessoria da empresa.
O modelo fabricado na Alemanha e lançado recentemente no mercado passará a ter um sistema denominado Programa de Estabilidade Eletrônica (ESP). É uma espécie de microcomputador que reconhece situações de perigo e corrige automaticamente a estabilidade do carro. Esse equipamento, antes considerado opcional, passará a ser um item de série e custará à Mercedes alemã um gasto extra de US$ 57 milhões.
O problema, provavelmente no sistema que controla as rodas do Classe-A, provocou o capotamento do modelo na Suécia. Ele estava testando o carro, andava a 60 quilômetros por hora e capotou ao fazer um desvio rápido. Apesar de garantir ter feito todos os testes que comprovassem a segurança do automóvel, a Mercedes decidiu incorporar o sistema eletrônico. Cerca de 3 mil unidades já comercializadas na Europa também receberão o equipamento.
A Mercedes do Brasil divulgou nota afirmando que, após vários testes, ‘‘o veredicto de especialistas revelou que o Classe-A tem alta estabilidade na rodagem quando submetida a condições reais de funcionamento e que não há dúvidas quanto a segurança do modelo.’’
A assessoria da montadora informou ainda que, em razão do tempo ainda disponível até que a versão brasileira chegue ao mercado (a partir de março de 1999), será possível fazer todas as alterações necessárias. O cronograma de operações da fábrica em Juiz de Fora não será alterado. O preço do modelo, garante a empresa, será mantido na faixa de US$ 25 mil a US$ 30 mil. O Classe-A é o primeiro modelo compacto fabricado pela montadora que, no Brasil, atua no setor de caminhões e ônibus.