Curitiba- Criar hábitos saudáveis dentro de casa é o principal álibi da professora universitária Suyanne Tolentino para estimular os filhos Théo, de 3 anos e Kim, de 2 anos, a terem uma boa alimentação. Ela procura plantar algumas verduras e frutas no terreno da própria casa, para que as crianças tenham contato com o processo de crescimento e produção desses alimentos e aprendam a consumi-los. ‘‘Comer frutas e verduras na frente deles, também ajuda. Com certeza eles querem, da mesma forma que se eu abrir um pacote de salgadinho, eles também vão pedir. Os pais sempre dão o exemplo’’, diz.
Além de Théo e Kim, Suyanne tem um bebê, David, de três meses. Ela conta que tenta desenvolver o paladar dos pequenos desde os sete meses, quando os alimentos começam a ser introduzidos. ‘‘É nessa fase que as crianças começam a descobrir os sabores’’, ensina. É claro que, a medida que as crianças crescem e começam a receber outro tipo de estímulo, o gosto pelos alimentos também começa a mudar. ‘‘Tem épocas em que a maçã não é mais a comida predileta. A batata-frita ainda é campe㒒, brinca Suyanne. Para driblar a preferência das crianças, a mãe dos meninos apela para o bom senso: ‘‘É só não dar todos os dias e oferecer outras coisas, sempre variando o cardápio’’.
A diversidade na hora de oferecer a comida também a estratégia da arquiteta Andressa Athayde Cordeiro para ensinar os filhos Lucca, de 5 anos e Bruno, de 3, a comerem coisas saudáveis. ‘‘Eu e meu marido já tinhamos uma dieta balanceada antes das crianças nascerem. Com o tempo, fomos passando isso para eles também’’, lembra a arquiteta. Andressa também lança mão da estratégia de plantar em casa algumas verduras para ensinar às crianças o processo de produção de frutas e verduras.
‘‘Eles gostam de participar. Vão no jardim pegar hortelã para o suco, ajudam na preparação da salada. Acho que envolver as crianças no preparo dos alimentos é um bom estímulo para aprender a comer bem’’, diz. E ensina: ‘‘Nada pode ser radical para não cansar a própria criança’’. (K.M.P.)