Os flipermaníacos, aquela turma que não perde a chance de detonar algumas fichas nos fliperamas, está aprovando a onda que levou as diversões eletrônicas para dentro dos shoppings. ‘‘O preço é um pouco mais caro que os flippers normais, mas nos shoppings a infra-estrutura é muito maior e sempre encontramos máquinas novas’’, diz o analista de sistemas Adil Calomeno Júnior, 24 anos, assíduo frequentador das casas de jogos. ‘‘Antes de abrirem os novos flippers em shoppings, era difícil encontrar máquinas decentes na cidade’’.
Outro fanático por games, o estudante José Luiz Neuwald, 17 anos, um daqueles que torra boa parte da mesada com esta forma de lazer, aponta outras vantagens. ‘‘Nos shoppings o público é muito mais selecionado. Em alguns fliperamas no centro, tem muitos ‘maloqueiros’ o clima as vezes fica pesado’’, diz Neuwald. Guilherme Macedo, 18 anos, estudante, outra figura carimbada nos flippers, completa: ‘‘nos shoppings sempre pinta umas gatinhas, o que é raro em outras casas de jogos’’.
Além das máquinas de última geração, uma novidade que chegou com as novas casas de diversão eletrônica dos shoppings é o sistema de cartão magnético que promete aposentar as velhas fichas. Nos Playland dos shoppings Crystal e Curitiba, pioneiros na utilização dos cartões em Curitiba, a rotina dos jogadores funciona assim: depois de comprar o cartão (R$ 1,00), é só passar no caixa e carregá-lo com créditos.
Os cartões são recarregáveis e pode-se repetir a operação várias vezes. Para jogar, basta colocar o cartão nas máquinas, como num telefone público. Esta facilidade, entretanto, traz uma desvantagem, que se faz sentir nos bolsos daqueles mais viciados na jogatina eletrônica. ‘‘Com o cartão acabo gastando mais do que quando tinha que comprar fichas’’, confessa Calomeno, que a cada visita ao reino da ação eletrônica chega a gastar entre R$ 15,00 e R$ 20,00. ‘‘Depois que você carrega o cartão, fica difícil parar de jogar’’.