O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou ontem que a comparação entre as suas propostas e as dos candidatos derrotados foi fundamental para a vitória ainda no primeiro turno. Cabeça de chapa de uma coligação composta por 17 partidos, ele superou Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), numa campanha que, ao menos no início, se desenhava como acirrada. "Tive a oportunidade de apresentar as melhores soluções para o Paraná do futuro, enquanto os meus adversários se preocupavam mais em me atacar, com números fantasiosos e falsas promessas. Mas, enfim, prevaleceu a verdade", alfinetou.
A chegada do tucano ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba, por volta das 19h25, teve tumulto. Ao lado da primeira-dama Fernanda Richa (PSDB) e da vice-governadora eleita, Cida Borghetti (Pros), ele foi logo cercado por correligionários e jornalistas, que tiveram dificuldade de se aproximar. Nas entrevistas, disse que, "com as finanças saneadas", conseguirá fazer muito mais pelo Estado. "Posso assegurar a todos, com muita tranquilidade, que o melhor está por vir". Questionado sobre possíveis mudanças no secretariado, contudo, foi evasivo. "O meu primeiro ato é tomar posse. Essa pergunta é clássica e a resposta também".
Sobre Gleisi e Requião, Beto reconheceu que enfrentou "dois candidatos muito competitivos". Apesar das críticas e do duro embate nos programas televisivos e nos debates, garantiu que conta com ambos para "defender" o Paraná no Congresso. "Afinal de contas, (eles) são senadores. Têm um mandato que foi delegado pelos paranaenses. E acho que vamos conseguir, com diálogo, termos (os dois) ao nosso lado".
O governador voltou a falar sobre a suposta discriminação que diz ter sofrido do governo federal durante sua primeira gestão, exaltando a votação expressiva de Aécio Neves (PSDB) entre os paranaenses na corrida à Presidência da República. "Se o Aécio for presidente, vai ser muito fácil governar o Paraná, numa extraordinária, numa perfeita e estreita parceria com o governo federal". Ele também revelou que cogita tirar uma nova licença do Executivo para ajudar o aliado na campanha. "Acredito que ele cresceu muito na reta final. É muito importante manter, ampliar e fortalecer essa tendência".