Novo perfil de consumo transforma atitude do agro
Encontros Folha consolida visão contemporânea da produção de alimentos e como inovação é decisiva para manter o Norte do Estado competitivo
PUBLICAÇÃO
sábado, 12 de agosto de 2023
Encontros Folha consolida visão contemporânea da produção de alimentos e como inovação é decisiva para manter o Norte do Estado competitivo
Janaína Ávila e Lúcio Flávio Moura - Especial para a FOLHA
Passar pelas geladeiras dos supermercados e encontrar produtos alimentares de alta tecnologia. Já estamos nos alimentando com o futuro, com mantimentos que encerram em si uma cadeia produtiva que começa no campo, passa pela pesquisa de ponta, envolvendo instituições públicas e privadas e tudo, na esteira da sustentabilidade, em sintonia com o mercado cada vez mais exigente.
Mais do que o celeiro, o Brasil quer ser o supermercado do mundo e se prepara para isso desenhando políticas públicas que devem fortalecer ainda mais o agronegócio, abrindo para os produtores novas fronteiras para a produtividade.
Algumas palavras-chave ajudam a entender esse novo cenário: foodtechs, nome dado às empresas com foco em tecnologia de alimentos; e plant-based, que serve para designar os alimentos desenvolvidos a partir de matérias-primas vegetais.
Para Isabel Regina Flores Carneiro, coordenadora de ambientes de inovação, da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), as proteínas alternativas – outro termo importante nesse novo cenário - são a nova fronteira entre o alimento e a tecnologia.
Ela foi uma das painelistas da 19ª edição do Encontros FOLHA que aconteceu na última terça-feira (8), no Centro de Eventos do Aurora Shopping. “As gôndolas de produtos de proteínas alternativas estão crescendo nos supermercados porque hoje temos consumidores cada vez mais exigentes que buscam rastreabilidade, certificação e uma dieta diferenciada”, diz.
O evento explorou o tema “Celeiro do Mundo - Os Caminhos para o Brasil Alimentar o Planeta e o Papel do Norte do Paraná entre os Grandes Produtores” e, além da gestora do Mapa, contou com outras duas explanações: do presidente da SRP (Sociedade Rural do Paraná), Marcelo Janene El-Kadre, e do superintendente comercial da Integrada Cooperativa Agroindustrial, João Bosco de Souza Azevedo. A última atração da manhã foi um painel de todos os convidados mediado por Lucas Ferreira, gestor de projetos de Agronegócio e de Indústrias de Alimentos do Sebrae Paraná.
“Este é um exercício de reflexão elaborado em conjunto, que envolve líderes dos setores público e privado, representantes das ideias que circulam na comunidade. O que pretendemos é influenciar o debate e as políticas públicas voltadas a este tema, que é central para nossa região e para todo o Paraná”, lembrou na abertura o CEO do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía.
Alex Canziani, líder da Codel - parceira na realização do Encontros, em sua fala de boas vindas aos convidados, ressaltou o protagonismo do agro no ecossistema de inovação. “´É a vertical de maior desenvolvimento e envergadura no município, o que se deve ao número de atores envolvidos e aos ativos que dispomos”.
A batuta de Brasília que rege o novo agronegócio
A secretaria sob o comando de Isabel Carneiro cuida, desde 2019, da agenda estratégica de inovação para a agropecuária com o objetivo de posicionar o agronegócio brasileiro como referência na promoção de saúde e qualidade de vida aos olhos do mundo e isso, por meio da produção eficiente e da entrega efetiva de produtos, serviços, processos e de seus derivados.
“Isso com base em sustentabilidade, bioeconomia, agricultura digital, inovação aberta e sistemas alimentares contemporâneos”, diz. Isso tudo rendeu um documento que definiu a Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil para 2020 até 2031, publicado pelo Decreto 10.531 de 26/10/2020 e dentro dele, o PNPA (Programa Nacional de Proteínas Alternativas) que vai de encontro às expectativas do setor com diretrizes para segurança jurídica, os processos de novos ingredientes, produção, comercialização e exportação.
Londrina e todo o Norte do Paraná teve e ainda tem um papel importante nessa evolução já que foi, ainda em 2019, os protagonistas do extrato do protocolo de intenções recebendo a chancela do MAPA como Polo de Inovação e hoje, um dos ecossistemas regionais de inovação agropecuária reconhecidos pelo ministério.
Lucas Ferreira, consultor do Sebrae Paraná e gestor dos projetos de Agronegócio e de indústria de alimentos, mediador no evento já participava da Governança e lembra que quando a Cidade foi provocada, positivamente pelo MAPA, para ser um polo de inovação a primeira atitude foi reunir a governança AgroValley para confirmar o apoio do ministério para continuar progredindo. “Londrina tem, como diferencial, a capacidade de criar a uma discussão coletiva e somar de competências entre os diversos eixos do nosso ecossistema para que todos possam discursar no mesmo direcionamento, buscando objetivos comuns”, comenta.
O Encontros Folha é uma realização do Grupo Folha de Londrina e Codel, com correalização do Sebrae Paraná. O evento é patrocinado pela Integrada Cooperativa Agroindustrial e pela TCS - Tata Consultancy Services. O apoio é da Frezarin Eventos e da Unimed Londrina.
Foodtechs agregam valor e levam empreendedorismo ao agro
Produzir com sustentabilidade. Esse é, na visão do Ministério da Agricultura e Pecuária, o grande mote para o agro que tem como um dos desafios, difundir essa imagem de que o País é capaz de fazer isso sem agredir o meio ambiente e garantindo a produtividade e lucratividade do setor.
“Agregação de valor e empreendedorismo são a chave e isso, poder ser traduzido nas foodtech ou sistemas alimentares contemporâneos e aqui, estamos falando dos novos ingredientes utilizados na fabricação de novos alimentos, de novos processos, de produtos plant-based, cell-based, super-foods e up-cycled products, feitos a partir de itens que seriam
descartados. São as proteínas alternativas”, comenta Isabel Regina Flores Carneiro, coordenadora de ambientes de inovação, da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que participou da 19ª edição do Encontros FOLHA.
Nesse cenário, as foodtechs para o processamento das proteínas alternativas são as protagonistas de todo o processo e o MAPA quer fomentar o aumento de disponibilidade da matéria-prima para a produção dessa fontes, garantindo sua escalabilidade.
“Queremos estimular a agregação de valor como estratégia de fortalecimento das cadeias produtivas, promover e estimular o empreendedorismo tecnológico na área de processamento de alimentos com foco no aproveitamento da biodiversidade e ainda, promover ações que preparem o País para a produção de alimentos seguros com especial atenção à redução de desperdícios em sinergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da FAO/ONU”, diz Isabel Carneiro.
As políticas para a regulamentação do setor de produtos à base vegetal estão em construção. Está em andamento uma consulta pública no site do Ministério para estabelecer requisitos técnicos para esses produtos, como alguns para a identidade visual e regras de rotulagem.
“Queremos segurança jurídica para que o setor deslanche. Recomendo que o polo de inovação para a agropecuária de Londrina participe apresentando sugestões. Se existe uma vontade de ser referência em foodtechs, alimentos alternativos e sistemas alimentares contemporâneos , essa é a hora de dizer o que vocês pensam”, avisa.
Ainda sobre políticas públicas, foi instituída a Câmara Temática de Inovação Agrodigital (CTIAD), com 110 membros e vinculada ao Conselho Nacional Política Agrícola (CNPA), também sob o comando de Isabel Carneiro.
“É um órgão consultivo ligado diretamente ao ministro e tem como objetivo dar suporte aos programas e políticas públicas na temática de agrodigital. Inovação, tecnologia, empreendedorismo e pesquisa são a chave para os Grupos de Trabalho”, explica.
“Estamos falando de capacitação profissional, conectividade rural, de desenvolvimento de tecnologias para as cadeias produtivas, em especial, para os pequenos e médios produtores; fortalecimento e interligação dos ecossistemas regionais e o desenvolvimento de um novo modelo de banco de dados”, enumera.
“Queremos somar forças para trazer inovação que significa maior tecnologia e mais investimentos através de novos produtos, serviços, negócios e com isso, aumentamos a produtividade, a competitividade e espera-se garantir mais emprego”, conclui.
Londrina atrai agritechs para o próprio ecossistema de inovação
Londrina, que detém o título de primeiro polo de inovação para o agro do Brasil e um consolidado ecossistema, tem um novo desafio pela frente: aquele de servir de exemplo para outras regiões do país.
De acordo com Lucas Ferreira, consultor do Sebrae Paraná e gestor dos projetos de Agronegócio e de Indústria de Alimentos, acontece uma inversão positiva no papel da cidade frente ao ecossistema nacional de desenvolvimento do agronegócio.
“Por muitas vezes, fomos nós que visitamos diversos ecossistemas para conhecer boas praticas e hoje, já recebemos a visita de comitivas de 15 estados que vieram aqui para conhecer o trabalho dos nossos sistemas de inovação. O nosso agro, é sempre uma pauta prioritária para essa exploração; é uma mudança de paradigma interessante, com uma cidade do interior do Paraná servindo de referência para o Brasil todo”, comenta.
Ferreira foi o mediador da 19ª edição do Encontros FOLHA que aconteceu na última terça (8), no Shopping Aurora. Presente desde o início do movimento de inovação na região, ele lembra que em 2018, quando aconteceu a primeira maratona para startups dispostas a resolverem os problemas reais do campo, muitas delas foram capturadas para programas de aceleração e investidores de fora de Londrina.
“Estávamos trabalhando para gerar talentos que acabavam sendo absorvidos por outros ecossistemas. Isso mudou. Estamos dando um passo muito importante com a vinda de fundos de investimentos para Londrina. O capital é um eixo fundamental quando falamos de desenvolvimento e crescimento das empresas de base tecnológica”, diz.
Os resultados positivos do ecossistema de inovação ligado ao agronegócio em Londrina, batizado de AgroValley, tem sido capaz de gerar, reter e atrair talentos, estimulando um movimento inverso.
“Temos agritechs chegando na cidade com todos as suas unidades, corpos de operação e time comercial. Importante também falar das nossas conquistas para entender nossos próximos passos e desafios”, afirma Ferreira.
Essas novas agritechs foram selecionadas através da Go SRP, programa de aceleração que faz parte do Parque Tecnológico SRP Valley, que funciona no Parque Governador Ney Braga.
Mais de 40 startups já passaram pelo programa de pré-aceleração, recebendo mais de R$ 8 milhões em investimentos.
Em 2023, quando será realizado o quarto ciclo do programa, são 26 startups selecionadas que serão acompanhadas pela Rumo Venture Capital, com a possibilidade de receberem aportes de até R$ 50 mil do fundo. São parceiros deste ciclo o Estação 43, o Sebrae Paraná, a Agro Valley, a Abstartups e o Cocriagro.
Foco de inovação da Integrada mira laranja e cevada
Cooperativa busca encorpar citricultura em Uraí e consolidar nova cultura de inverno em Mauá da Serra
A gigante de 12 mil cooperados, que faturou R$ 8,2 bilhões em 2022, ainda tem agilidade para se movimentar. A jovem Integrada Cooperativa Agroindustrial, de 28 anos, também é inquieta o suficiente para não se acomodar com sua história de sucesso fundamentada no tradicional trinômio soja-milho-trigo. Agora quer expandir sua base na citricultura e colocar o Norte do Paraná como novo polo da produção de cevada para a indústria cervejeira.
De acordo com o superintendente comercial da cooperativa sediada em Londrina, João Bosco de Souza Azevedo, um dos painelistas da 19ª edição do Encontros Folha, a empresa promoverá no próximo dia 23, um dia de campo para apresentar ao mercado mais um resultado das suas ambições de inovar e crescer.
Em parceria com outro grande player do cooperativismo no Estado, a Agrária Agroindustrial, com sede em Guarapuava, a empresa londrinense está comemorando os bons resultados de uma pequena amostra do que pode vir a ser uma opção excelente opção de cultura de inverno nas terras altas do Norte do Estado.
A cevada para a indústria cervejeira, cultura de alto valor agregado e que costuma agradar os produtores por sua remuneração diferenciada, já está prosperando em 300 alqueires no município de Mauá da Serra. Por enquanto, a iniciativa estimulada pela cooperativa envolve uma dúzia de pequenos produtores, mas há claros sinais de viabilidade para a expansão nas próximas safras. A ideia é comercializar a produção com a Agrária, que detém o know-how da cultura há décadas.
“Os pequenos produtores juntos têm muita força e o Paraná demonstra isso sendo o segundo maior produtor de grãos do País. A cooperativa leva ideias, tecnologias às propriedades e isso se traduz nos altos níveis de produtividade que temos”, avalia o Souza Azevedo, engenheiro agrônomo de formação que milita no cooperativismo há 34 anos.
Outra novidade que traz bastante entusiasmo ao gestor é a possibilidade de expandir o polo de citricultura de Uraí, na região de Cornélio Procópio. Azevedo lembra que a região tem uma vocação antiga para a fruticultura e que a cooperativa trabalha para ampliar a área de pomares de laranja nos próximos anos. O suco produzido em Uraí já chega em 45 países, mas há um enorme potencial para a conquista de mais mercado. “Se produzirmos mais, certamente haverá compradores”, garante. O plantio começou em 2007 e a planta industrial de esmagamento opera há uma década e hoje processa um milhão de caixas de laranja por safra.
Além do suco, aos poucos um outro produto vem capitalizando o polo em Uraí. Trata-se do d-limoneno, um líquido incolor e oleoso que é retirado do bagaço da laranja e é usado como aromatizante e solvente, que atende tanto a indústria de alimentos processados, quanto a de perfumes e outros produtos da linha cosmética. Com a adição de alguns elementos, o portfólio de óleos especiais a partir da laranja pode se adequar a diversas demandas do mercado.
Estes exemplos de fazer melhor e diferente, de um modo que as gerações passadas sequer poderiam imaginar em Londrina, Mauá ou Uraí, é uma demonstração de que as coisas mudaram no ambiente rural, avalia o experiente gestor. E nos dois lados da porteira.
“As cooperativas entenderam que as práticas inovadoras são cruciais para os negócios. Antes, você tinha que praticamente implorar para o cooperado aderir a algum programa de uso de tecnologia, alguma prática nova. Hoje, felizmente, a situação é outra. Hoje temos que nos esforçar muito para atender a demanda quando lançamos algum programa que envolve inovação”, explica.
Formação é desafio: Rural quer ‘agrocolégio 4.0’ dentro do parque
Marcelo El Kadre quer atrair atenção dos adolescentes para acelerar a transformação no campo
Em um dado momento no painel que encerrou os debates no Encontros Folha, o superintendente comercial da Integrada, João Bosco de Souza Azevedo, lamentou que a grade curricular dos cursos de Agronomia era parecida demais com aquela que ele lidou décadas atrás e que os novos agrônomos ainda se assustam quando recebem uma demanda que exija inovação tecnológica. Houve consenso entre os participantes: é preciso adaptar o ensino à nova realidade que se impõe.
O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre, painelista do evento, está disposto a colocar uma unidade escolar de ensino médio dentro do Parque de Exposições Ney Braga para ajudar a transformar esta realidade já antes do ensino superior.
A ideia está sendo articulada já há alguns anos, de forma reservada, com o governador Ratinho Junior e com a Secretaria Estadual de Educação. Conforme revelou o líder da Rural, o projeto está na etapa de modelar um arcabouço pedagógico e criar um novo perfil para os estudantes dos colégios agrícolas. A ideia é colocar no currículo noções de agricultura de precisão, uso de drones, inteligência artificial e computação em nuvem. A deputada federal Luísa Canziani e o presidente da Codel, Alex Canziani, reforçam o lobby e acreditam que no próximo ano letivo a unidade já possa estar operando.
“Tecnologia e inovação atraem os jovens. Tecnologia e inovação agregam valor na economia rural e fixam o homem no campo. Não é à toa que o êxodo rural caiu muito nos últimos anos”, frisou El Kadre, lembrando um dos aspectos positivos em propagar o conceito da agricultura 4.0 nas novas gerações.
“Uma das funções prioritárias da Rural é incorporar tecnologia, baixar custos, aumentar a rentabilidade das propriedades para que as famílias se mantenham no campo. Em Londrina, temos tecnologia no nosso DNA. Vamos fomentar esta vocação. Temos que acelerar este processo incorporando os jovens”, afirmou o líder da entidade, quase tão antiga quanto a cidade.
Horas depois da participação no evento realizado no Aurora Shopping, El Kadre embarcou para Brasília, onde teve a oportunidade de defender seus pleitos em concorridos gabinetes, incluindo uma visita ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, um pé vermelho de Bela Vista do Paraíso que se tornou líder do cooperativismo em Lucas do Rio Verde e depois senador pelo Mato Grosso.
O QUE PENSAM OS PARTICIPANTES
Adelar Motter, membro do Fórum Desenvolve Londrina e ex-pesquisador do Iapar
O Paraná é um protagonista do agro brasileiro. Londrina e região, desde muito tempo têm protagonismo não só na produção, mas em partes da cadeia do agro que são relevantes. As demandas e a agenda, inclusive no nível internacional, vão muito além da questão da produção e da competitividade. Hoje, se coloca a questão ambiental, a questão da qualidade do trabalho. A tecnologia que tem embarcada, a tecnologia eletrônica, a tecnologia de mercado exigem um refinamento e cada vez mais um preparo dos agentes do agro, dos técnicos e agricultores no sentido de acompanhar esse ajuste fino para manter o agro de ponta que temos hoje.
Paulo Sendin – engenheiro agrônomo e membro da Agrovalley
Ao mesmo tempo em que a gente tem uma demanda de produtos mais qualificados tanto no mercado interno quanto externo, a gente tem uma demanda grande de volume. Todo mundo fala na questão da fome no mundo e quando acontece algum fato estranho nesse processo de produção a nível mundial, a demanda por volume aumenta mais ainda. Hoje, por exemplo, estamos passando o problema da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Mas é preciso trabalhar as duas pontas. O agro está garantindo uma enorme parte da captação de divisas do Brasil, com as exportações. E no mercado interno, está garantindo o crescimento do PIB.
Angelo Pamplona, presidente da Acil
O Paraná é um estado muito produtivo e a gente vem crescendo na inovação no Estado nesse setor. A tecnologia de inovação é muito importante e tem conseguido bons resultados para o agro paranaense. Estamos com boas safras para serem colhidas e colocar esse tema em discussão é muito importante para o desenvolvimento do Estado, de Londrina e região. Traz um ganho para as pessoas que estão envolvidas no agro, se capacitarem mais, entenderem melhor e mudarem os seus processos. Traz um ganho para todo mundo.
Clóvis Coelho – Fiep
O agro é a salvação do país e precisa ser tratado com muito carinho e muita dedicação. O momento é esse. O agro se superou, está em um nível praticamente total. Os profissionais do setor têm feito um trabalho extraordinário e o Paraná se destaca. Para dar seguimento à evolução do agro, é preciso centralizar e correr atrás de parceiros. O agro cria uma sinergia muito grande com todos os setores e os investimentos do agro são muito importantes para toda a economia, inclusive para a minha área, da construção civil.