Nova norma da Aeronáutica limita alturas
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quarta-feira, 30 de março de 2016
A portaria no 957 do Comando da Aeronáutica, publicada em julho de 2015, com validade a partir de 15 de outubro do mesmo ano, tem preocupado as construtoras locais. Isto porque ela adere a uma norma internacional que amplia os limites de segurança dos voos, restringindo, significativamente, a área para construção de prédios. O presidente do Sinduscon Norte-PR, Osmar Ceolin Alves, explica que a altura fica limitada a 45 metros acima da linha do aeroporto (equivalente a um prédio de 15 andares) em um raio de quatro quilômetros da cabeceira da pista.
"O problema de Londrina é que o aeroporto é mais baixo que o centro e está dentro da cidade", ressalta. Para se ter uma ideia, Alves diz que a cota da cabeceira do aeroporto é de 569 metros, enquanto a da Catedral Metropolitana é de 618 metros. "Então, se tiver que construir uma casa já está fora do limite", compara. A nova portaria traça uma rota de fuga além do cone aéreo, porém, existem empecilhos preexistentes nas cidades para cumprimento da norma, como os prédios já erguidos e que, obviamente, não serão demolidos, apesar de estarem acima da altura permitida.
"Londrina tem já vários prédios existentes, não adianta falar a rota vai ser no meio dos prédios, já temos uma situação consolidada", reafirma Alves. A questão já foi motivo de reuniões entre representantes do setor, a prefeitura e a Aeronáutica. "Questão de segurança não tem meio termo, o que estamos tentando ver com eles é uma forma de atender à norma pré-definindo algumas rotas para que a cidade não fique presa a uma consulta em toda e qualquer obra", explica. (C.F.)