A cidade de Ibiporã vive uma boa fase de desenvolvimento, que pode ser traduzida por alguns indicadores. Um deles é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,805, bem acima da média nacional que este ano é de 0,718, e que coloca o município entre os 10% melhores do País. Outro indicador é o Produto Interno Bruto (PIB) do município, que está em 25º lugar no ranking estadual e deverá subir algumas posições nos próximos anos, segundo estimativas.
  Os indicadores refletem a qualidade de vida na cidade, que tem um dos melhores serviços de abastecimento de água do país e de coleta seletiva de lixo urbano. Em julho deste ano, o programa de lixo conquistou o primeiro lugar em uma competição de âmbito nacional.
  A cidade tem sua economia baseada na indústria e serviços, em especial na área de logística, que se caracteriza por ser um centro de distribuição de mercadorias.
  Na avaliação do prefeito, José Maria Ferreira (PMDB), se fossem considerados apenas os indicadores nas áreas de saúde e educação, o IDH de Ibiporã seria bem maior, chegando à casa de 0,900, número semelhante ao de países do primeiro mundo. Segundo ele, a evolução do IDH depende da melhoria da renda da população. ‘‘Com uma renda per capita maior, há mais qualidade de vida e nós vamos avançar como sociedade nesta direção’’, afirma o prefeito. A renda per capita em Ibiporã é de R$ 17,9 e deve chegar este ano a R$ 19 mil.
  Ferreira reconhece que o Produto Interno Bruto (PIB) vem aumentando de maneira significativa no município, devendo chegar este ano a R$ 1 bilhão, mas ainda é concentrado nos setores de produção. A estimativa é de que Ibiporã alcance o PIB de cerca de R$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos.

Desenvolvimento como meta
  A vocação para o desenvolvimento expressada por Ibiporã pode ser observada desde o período que antecedeu a emancipação política do município.
  Quando a continuidade da principal rodovia do Norte do Paraná ultrapassou a ponte sobre o Rio Tibagi, a estrada passava por dentro da pequena cidade de Ibiporã, ainda em meio à floresta nativa, onde hoje é a Avenida Paraná. Na época, as rodovias eram planejadas para passar dentro das cidades, como forma de incentivar o desenvolvimento.
  Mais tarde, a cidade cresceu e aquele movimento começou a incomodar. Na década de 1970 foi construído outro trecho da rodovia para desviar do centro o trânsito pesado, uma alternativa que foi logo incorporada ao perímetro urbano e, por isso, não durou muito tempo.
  O problema só foi resolvido cerca de 20 anos depois com a construção do contorno de 12 quilômetros que liga à BR-369, logo após a ponte do Rio Tibagi até as proximidades da Ceasa em Londrina, o que, na prática, escondeu a cidade para quem está de passagem pela região. O trecho original da rodovia é usado apenas por moradores, trabalhadores e ônibus que fazem o transporte metropolitano.
  A criação do novo contorno causou temor em parte da população. Muita gente, em especial os comerciantes estabelecidos às margens da rodovia, pensava que Ibiporã fosse desaparecer do mapa com o enfraquecimento do comércio local, mas, na verdade, os números acima mostram o contrário.

Imagem ilustrativa da imagem Movida pelo desenvolvimento