Todo lixo recolhido pelo parque é separado por funcionários da empresa responsável pelo serviço
Todo lixo recolhido pelo parque é separado por funcionários da empresa responsável pelo serviço | Foto: Marcos Zanutto

Todo ano quando a ExpoLondrina é planejada, além da estrutura de segurança, alimentação ou transporte é preciso que a gestão do lixo também seja contemplada. O controle faz parte da política nacional de resíduos sólidos e a prefeitura tem a tarefa de fiscalizar o andamento do plano, previamente apresentado pela Sociedade Rural do Paraná, durante a realização da feira. Pelo tamanho e fluxo de pessoas, a feira é o maior evento da cidade e requer providências especiais. Em 2018 foram contabilizadas 540 mil pessoas no Parque Ney Braga.

A gestão de tudo que é coletado nas lixeiras e recintos do parque de exposições é feito por uma empresa da cidade, que cuida do recolhimento dos materiais como garrafas pet e de vidro, latinhas de alumínio, papel ou papelão e até embalagens de madeira. Tudo é levado para uma área próxima à Fazendinha, onde é feita separação.

O volume de pessoas do ano anterior serve de base para o planejamento do serviço para o ano em vigor. Assim, a quantia de resíduos para os dez dias de evento deste 2019 está estimada em 3 mil toneladas ao todo, somando materiais recicláveis e orgânicos. Em seis dias de feira já foram coletados 380 mil litros de material reciclável e 800 mil litros de produto orgânico. No rol de produtos orgânicos estão principalmente alimentos, mas também a serragem usada nas áreas dos animais e o esterco que eles produzem.

O lixo orgânico é encaminhado para a coleta por outras duas empresas que fazem a compostagem em sede própria. A meta é encaminhar todo o resíduo orgânico para reaproveitamento, em hortas, por exemplo. A equipe que faz a separação dos rejeitos orgânicos e reciclados dentro do parque Ney Braga é formada por 21 pessoas.

Uma outra equipe, composta por 255 pessoas divididas em 3 turnos de trabalho, está equipada com vassouras e sacos de lixo e transita pelo parque recolhendo o que tiver sobrado. Para o diretor de obras e manutenção da Sociedade Rural do Paraná, Adauto Quintanilha, eles são o time do "caça folhinha", numa referência à limpeza vista pelo parque, e que até as menores folhas das árvores estão sendo recolhidas.

Dois fiscais da Sema (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) visitaram nesta quinta-feira (11) o Parque Ney Braga para verificar o trabalho de separação e destinação dos resíduos produzidos durante a feira, conforme o previsto no plano aprovado pela prefeitura. De acordo com o relato do fiscal municipal José Maria de Sá, o serviço está dentro do previsto. Para a assessora de gestão de resíduos da Sema, Alaíde Mateus de Souza, este ano o fato de a separação dos materiais recicláveis ser feita no próprio local da feira, aumenta a possibilidade de reciclar os materiais. "Em anos anteriores a separação era feita em outro local, fora do parque e muito tempo se passava, o que prejudica o percentual de reaproveitamento dos materiais recicláveis. Quanto menos tempo o material permanecer sujo, melhor vai ser para o processo seguinte da reciclagem", explica.

Ao final da feira, a organização deverá apresentar os comprovantes da destinação de todos os resíduos feitos durante a ExpoLondrina. Por enquanto, a avaliação da Sema é de que um bom trabalho está sendo feito, conforme o previsto no planejamento inicial.

* Supervisão Célia Guerra – editora de Cadernos Especiais