O final de ano anda meio devagar no mercado da bola brasileiro. Nem aquelas especulações que povoam o noticiário esportivo nesta época do ano estão rolando. É uma coisa aqui, outra ali e só. A falta de dinheiro dos clubes, a maioria deles endividados até a tampa, é um dos grandes responsáveis por essa paradeira. Sem dinheiro para gastar, não dá para sair contratando, é preciso ter critérios muito bem estabelecidos para não errar e jogar fora a pouca grana que têm, com exceção de poucos "ricos", como o Palmeiras e o Flamengo.

Com salários inflacionados, empresários dando as cartas e dirigentes irresponsáveis, essa quebradeira dos clubes só aumenta, equipes tradicionais vão se apequenando e os torneios disputados por aqui vão ficando com o nível técnico cada vez mais baixo.

Por outro lado, vemos nossos garotos indo embora cada vez mais cedo para a Europa. Se antes os gringos vinham buscar os destaques dos times principais dos grandes clubes brasileiros, hoje fazem a feira já na base. Juntemos a falta de poderio financeiro do clube com o sonho de fama e dinheiro que a Europa desperta no garoto, coloca-se uma pitada da ganância do agente e está pronta a receita da nossa decadência futebolística. Mas está tudo certo, afinal, "somos o país do futebol".

Por falar em Europa, foram definidos na segunda-feira (17) os confrontos das oitavas de final da Liga dos Campeões e teremos um confronto de londrinenses neste primeiro mata-mata do torneio. De um lado, o meio-campista Fernandinho, do Manchester City, e do outro o zagueiro Naldo, do alemão Schalke 04. Os dois vivem ótima fase em seus clubes.

Londrina

Muita gente anda com medo do desempenho que o Londrina pode ter no Campeonato Paranaense. O pessoal está com medo de vexames e tem até quem fale em rebaixamento, pelo fato de a direção do clube decidir utilizar um time chamado de alternativo no torneio. Não vejo dessa forma. Acho que é a chance que essa molecada tem de mostrar serviço e se firmar no time para a Série B, e creio que ainda assim o Tubarão será mais forte do que muitos concorrentes. Junto com os garotos, teremos atletas experientes para dar suporte. Claro que pensar em título é complicado, mas não vejo todo esse prejuízo também. Melhor usar a base do que contratar um monte de caneludo, como foi em 2018. A minha dúvida é se o técnico Alemão terá estabilidade, respaldo e paz para trabalhar o campeonato todo.