Imagem ilustrativa da imagem O golpe da universidade
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1. O último dia 5 de março foi o aniversário da morte de Josef Stálin (responsável pela morte de pelo menos 20 milhões de pessoas) e Hugo Chávez (responsável pela destruição de um país inteiro, a Venezuela). Por uma curiosa coincidência, na mesma semana foi anunciada a criação de um curso sobre o "golpe de 2016" na UEL.
2. Alguém pode questionar: "Paulo, mas qual é a relação entre Stálin, Chávez e a turma do golpe?" Eu diria que existe um ponto fundamental em comum entre os ditadores revolucionários e a disciplina lacradora da universidade: todos estão sob o signo da mentira. Stálin é a mentira que destruiu um povo no passado; Chávez é a mentira que destrói um povo no presente; o "golpe" é a mentira para destruir o povo no futuro.
3. Essa destruição já quase foi levada a cabo no Brasil. Para tanto, bastaria que Lula tivesse tomado posse como ministro da Casa Civil, tornando-se presidente plenipotenciário em 2015. Caso isso tivesse acontecido, hoje estaríamos provavelmente caçando comida na rua, como os pobres venezuelanos. Fomos salvos pelo "tchau, querida".
4. Há alguns anos eu vi na prateleira um livro cujo título me chamou a atenção: "Minhas Piadas Preferidas", de Aiatolá Khomeini. Você abria o livro e todas as páginas eram em branco. Obras semelhantes são "Che Guevara, Defensor dos Direitos Humanos", "O Cristão Comunista" ou o mais recente "13 Razões para Votar no PT". Tão verdadeiros quanto o e-mail que recebi ontem, informando sobre um depósito de Joesley Batista na minha conta corrente. Tão verdadeiros quanto esse novo curso da UEL. A diferença é que as outras coisas não são financiadas com dinheiro dos impostos.
5. O socialismo é o regime em que a mentira não apenas é tolerada, como também obrigatória. Quando um Stálin, Lênin ou Trotsky chega ao poder, você precisa mentir para comer, para trabalhar, para sobreviver. É o reino da perda de realidade, o sistema dos infernos que os chefões da esquerda desejam promover no Brasil. Qualquer referência à realidade será crime, e mentira ganhará status de ciência e verdade universal. Com um detalhe: você paga a conta. Às vezes com a vida.
6. No excelente "O Jovem Stálin", de Simon Sebag Montefiore, o autor faz uma lista de todos os codinomes do ditador comunista: Koba, Sossó, Bessó, Ivanóvitch, Esquisitão Ossip, O Caucasiano, O Bexiguento, O Leiteiro, O Padre, Stefin, Sáfin, Sólin... Da mesma forma, a mentira em nossa época se apresenta sob diversos nomes: socialismo, justiça social, políticas públicas, gênero, teologia da libertação, democracia popular, ambientalismo, globalismo... Mas no Brasil ela ganhou um nome inconfundível: golpe. E a única vítima desse golpe é a verdade.
7. Na semana passada, elogiei a UEL por inocentar o professor Gabriel Giannattasio, vítima de intolerância. Esta é a UEL da verdade, a UEL dos nossos pais e pioneiros. Agora, sou levado a criticar a nossa universidade pela farsesca disciplina do "golpe". Esta é a UEL dos companheiros. Antes, foi a vitória da tolerância. Agora, a vitória do intolerável. Espero em Deus que a primeira prevaleça.