É fácil descobrir a lista de todos os países em que o socialismo deu certo: basta olhar na testa de Vladimir Lênin. A piada é antiga, mas não deixa de ser verdadeira e útil, sobretudo numa época em que muitos ainda defendem as políticas do socialismo-comunismo (para usar o termo consagrado pelo economista austríaco Eugen von Böhm-Bawerk).

Imagem ilustrativa da imagem Socialismo: crime e castigo
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Há o “socialismo” e o socialismo. O “socialismo” é aquele cujo verdadeiro nome é socialdemocracia; o socialismo é aquele que abre caminho para o comunismo. O “socialismo” geralmente termina em farsa; o socialismo geralmente termina em tragédia. O “socialismo” é coisa de almas mesquinhas, e descamba para a corrupção; o socialismo é coisa de almas corruptas, e descamba para o morticínio. O “socialista” usa a luta de classes para buscar vitórias eleitorais e privilégios; o socialista usa a luta de classes para destruir uma sociedade. O “socialismo”, bem, é preciso tolerá-lo, como se tolera um parente chato e mentiroso nas festas de família; o socialismo não pode ser admitido em uma democracia. O “socialismo” é um castigo; o socialismo é um crime. O “socialismo” conta mentiras; o socialismo é a mentira. O “socialismo” é caso de política; o socialismo é caso de polícia.

O socialismo e o “socialismo” muitas vezes entram em acordo, no processo que Olavo de Carvalho denominou “dança das tesouras”. De 1995 a 2018, tivemos essa dança no Brasil, quando PSDB e PT, o socialismo moderado e o radical, fingiam ser adversários, enquanto faziam o país cortar para o mesmo lado. Foi assim que FHC abriu o caminho para o seu velho amigo Lula, com os resultados conhecidos.

No poder, os “socialistas” sempre dão algum tipo de vexame: Mitterrand, na França, só conseguiu governar depois de expelir os ministros comunistas de seu governo, e mesmo assim assistiu à imensa onda de corrupção dos socialistas, que culminou com o suicídio do ex-primeiro-ministro Pierre Bérégovoy em 1993; Felipe Gonzalez, na Espanha, acertou quando privatizou e rejeitou o marxismo, mas acabou se afundando em escândalos; Benito Craxi, na Itália, terminou seus dias exilado na Tunísia, para não ser preso.

A melhor forma de lidar com os “socialistas” é vencê-los nas urnas; mas a única forma de derrotar os socialistas é a prisão (para os líderes) e a proscrição (para os partidos). No Brasil, todos os partidos que fazem parte da organização criminosa denominada Foro de S. Paulo deveriam ter os seus registros cassados.

Não foi à toa que o dirigente das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em 2005, nos 15 anos do Foro de S. Paulo, saudou Lula como “o salvador do movimento revolucionário na América Latina”. É evidente o motivo pelo qual, mesmo sendo um fiel militante socialista, Lula não transformou o Brasil em um país comunista, mas em uma república do roubo: a função do Brasil era financiar os movimentos e as ditaduras socialistas-comunistas no continente, como de fato fez, com o dinheiro do Mensalão, do Petrolão e do BNDES. O único problema é que havia um Moro e um Bolsonaro no meio do caminho.