1. O comentarista político americano Bill Whittle define a "apropriação cultural":
******* 2. "São duas as formas de felicidade: uma é egoísta, narcisista; a outra é altruísta, própria do adulto. Há uma frase linda que diz: Ser sincero é morrer um pouco. Toda vez que você é sincero, que você fala a verdade, morre em você mais uma ilusão. E você apenas suportará as mortes de suas ilusões se você conseguir uma outra satisfação, num outro plano, que é a satisfação do amor ao próximo, do amor a Deus. Somente assim você irá reconquistando no plano da universalidade a felicidade a que você tem acesso no plano do egoísmo individual. Isso é a raiz da vida humana. O homem foi feito para isso. Por isso eu fico aborrecido com pessoas adultas que buscam satisfações de adolescentes, lambendo o próprio ego, dizendo: 'Eu quero isso!', 'Eu preciso disso!'. Você não precisa de nada! Você precisa é de serviço, de encargo, de responsabilidade, de amor ao próximo para aprender a viver. Quando eu vejo um sujeito dizendo que precisa de determinada roupa, de determinada comidinha, empreguinho, namoradinha, carrinho, tudo isso apenas para ele não ficar tristinho, eu acho isso asqueroso! Você tem de buscar a realização de um supremo valor que torna a vida humana valiosa, independentemente de assim ir para cima ou para a morte. Nesse ponto, o sacrifício é o único sentido da vida humana. Sacrifício é uma obra sacra, sagrada. O sacrifício é nesta direção, a direção de largar o mundo da ilusão egoísta, o mundo da auto-proteção que é bom apenas para as crianças, e encontrar satisfação em algo que transcenda a tua pessoa, que pode ser o benefício da humanidade ou mesmo de uma família. O homem que se sacrifica pela sua família já é um ser humano evoluído. Para que um indivíduo viva uma vida de auto-satisfação é necessário que o protejam de suas fantasias infantis. O teste é o seguinte: retire o sujeito de dentro desse universo protegido, e deixe-o sozinho numa determinada situação, e você verá que ele é menos que um bebê. O homem tem de estar preparado para saber que ele, individualmente, não pode ser nada. Ele só é alguém em função do valor pelo qual ele se dedica, pelo qual ele arriscaria a sua vida. Curiosamente, a negação da individualidade é condição essencial para a valorização da mesma. O indivíduo que morre por um bem universal encarna esse universal. Só isso pode ser o fundamento da ética ou da moral, o resto é conversa fiada. Você vale aquilo que você é. A medida do quanto você ama é o quanto você se sacrifica. Se o que você ama é um carro importado ou uma dose de cocaína, então você vale apenas isso." (Trecho de uma aula do filósofo e escritor Olavo de Carvalho.) ******* 3. "Não consigo ver nenhuma razão para a escolha das ciências sociais ou das ciências humanas em geral como área de atuação se não existe a intenção honesta de examinar a estrutura da realidade. As ideologias, seja o positivismo, o marxismo ou o nacional-socialismo, constroem edifícios intelectualmente insustentáveis. Isto nos leva a indagar por que as pessoas que são de resto inteligentes, além de honestas em seus afazeres diários, cedem à desonestidade tão logo entrem em jogo questões científicas. De que a ideologia é uma manifestação de desonestidade intelectual não resta a menor dúvida; todas as várias ideologias já foram submetidas a rigoroso exame crítico. (...) Até hoje sustento que não se pode, ao mesmo tempo, ser ideólogo e cientista social competente. Por causa dessa atitude, fui chamado, por partidários desta ou daquela ideologia, de todos os nomes possíveis e imagináveis. Tenho em meus documentos arquivos tachando-me de comunista, fascista, nacional-socialista, liberal, neoliberal, judeu, católico, protestante, platônico, neo-agostiniano, tomista e, é claro, hegeliano. (...) Os vários rótulos permitem identificar a bête noire do respectivo crítico e dão, assim, um retrato bastante fiel da corrupção intelectual que caracteriza o universo acadêmico contemporâneo. Uma segunda justificativa para o meu ódio ao nacional-socialismo e outras ideologias é bastante primitiva. Tenho repulsa ao morticínio dos seres humanos por diversão. Na época eu não entendia qual era a graça, mas, de lá para cá, anos de ampla investigação lançaram alguma luz sobre o assunto. A brincadeira é conquistar uma pseudo-identidade com a afirmação do próprio poder, o que se faz preferencialmente matando alguém, e essa pseudo-identidade passa a servir de substituta ao ego humano que se perdeu. O terceiro motivo que posso precisar para o meu ódio contra as ideologias é o de um homem a quem agrada usar a linguagem claramente. Se há algo característico das ideologias e dos ideólogos é a destruição da linguagem, ora no nível do jargão intelectual de alta complexidade, ora no nível vulgar." (Eric Voegelin, em "Reflexões autobiográficas")
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