Na crônica de amanhã, explicarei por que vou acompanhar os Jogos Olímpicos do Rio, ao contrário do que pretendia. O grande responsável por essa mudança de planos é o meu filho Pedro, de 6 anos. Mas não nego que o poema de Dorothea Mackellar, que abre o filme oficial das Olimpíadas de Sydney, também me influenciou. Quando ela fala com tanto amor da Austrália – um país que deu certo –, eu penso no Brasil, um país que só erra, mas que continuamos amando. Não deixe de assistir ao documentário. A seguir, minha tradução amadorística de duas estrofes da autora australiana: MEU PAÍS (fragmentos) Eu amo um país bronzeado Terra de vastos planaltos De montanhas escarpadas De chuvas e sobressaltos. Em seus longes horizontes Em seu mar, joia sem fim, Eu amo a beleza e medo Da terra marrom em mim. (...) Teimosa e boa terra, De opala seu coração. Aqueles que não a amaram Jamais me entenderão. O mundo tem esplendores, Mas, se eu morrer no além-mar, Sei pra qual país marrom minha mente vai voar. – Dorothea Mackellar (1885-1968)