Imagem ilustrativa da imagem Manifesto do Brasil sem-greve
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Nós, o povo, estamos sendo esmagados com a crise — social, moral, econômica — gerada por décadas de governos esquerdistas. Ocorre que a maioria tem uma desvantagem: não possuímos estabilidade no emprego, nem os benefícios concedidos ao funcionalismo. Em geral, temos de sofrer em silêncio. Não há assembleia para empresários sufocados pelos impostos e ações trabalhistas injustas; não há assembleia para trabalhadores do setor informal sufocados pelas dívidas e contas a pagar; não há assembleia para os milhões de desempregados; não há assembleia para as vítimas da bandidagem. Nós não temos data-base, não temos sindicato, não temos negociação. Nós não podemos entrar em greve; a dura realidade é que faz greve contra nós. Somos os sem-voz.

No Brasil, temos vários “sem”. Há os sem-terra, que eram controlados pelos sem-lei, mas agora ficaram sem-verba. Há os sem-teto, obrigados a pagar aluguel para os sem-piedade. Há os sem-roupa, que querem nos deixar sem-cultura, mas agora ficaram sem-rouanet. Há os sem-letras e sem-números, mantidos na ignorância pelos doutrinadores sem-escrúpulo. Há os sem-noção, que transformar nossos filhos em sem-futuro. E há os sem-vergonha, que se julgam no direito de mandar em todos nós, os sem-saída.

Nós, o povo, somos os sem-nada. Elegemos um presidente, mas ele está sem-opção: é impedido de governar pelos sem-voto, pelos sem-propina, pelos sem-mensalão, pelos sem-petrolão, pelos sem-reeleição, pelos sem-ministério, pelos sem-cargo. Queremos nos defender dos bandidos, mas somos obrigados a continuar sem-armas. No Congresso, vemos um herói sem-medo responder a bandidos sem-punição. E o mesmo Congresso convida um criminoso sem-pátria para falar sobre seus crimes sem-medida. Como queria Marx, tudo está ao contrário: o sem no lugar do com, o com no lugar do sem.

Há os socialistas, que defendem uma sociedade sem-classes, mas na verdade querem nos deixar sem-vida. Há os globalistas, que defendem um mundo sem-nação, mas na verdade querem um mundo sem-povo. Há os jihadistas, que defendem um mundo sem-infiéis, mas na verdade querem um mundo sem-cristãos. Há os vira-laicos, que defendem um mundo sem-opressão, mas na verdade querem um mundo sem-Deus.

E, no entanto, nós acordamos. Queremos deixar de ser o País do Sem; nossa pauta é o Com. Queremos um país com emprego, com prosperidade, com futuro: por isso defendemos a Nova Previdência. Queremos um país com cidadãos em segurança e bandidos na cadeia: por isso defendemos o pacote anticrime. Queremos um país com lei, justiça e verdade: por isso defendemos a Lava Jato.

E como não temos assembleia, nem sindicato, fixamos uma data-base: 30 de junho — porque domingo é o dia da greve dos sem-nada a perder.

Às ruas, povo brasileiro!