Coragem, meu irmão. Mesmo nas piores situações, Deus está presente ao teu lado e vai resolver tudo. Ele estava lá quando a tempestade fustigou a barca de apóstolos, a ponto de aqueles experimentados homens do mar acharem que iam morrer. “Mestre, não te importa que pereçamos?”, perguntaram os discípulos a Jesus, que parecia dormir. Mas Ele disse ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” E a tempestade se acalmou.

Imagem ilustrativa da imagem A segunda morte do menino Rhuan
| Foto: Shutterstock

Assim é na nossa vida. Quando o menino Rhuan foi assassinado pelas mãos da própria mãe e da comparsa, após indescritíveis tormentos, nós também, por alguns instantes, achamos que tudo estava perdido. Senhor, não te importa que pereçamos?

E agora, algumas semanas depois do martírio de Rhuan, eis que militantes esquerdistas vão ao STF pedir a normalização da ideologia de gênero. Tentam, os companheiros, derrubar a lei proposta pelo então vereador (e hoje deputado federal) Filipe Barros, que proíbe a disseminação da ideologia de gênero nas escolas públicas de Londrina. Querem a ideologia de gênero não apenas aqui, mas em todas as escolas brasileiras. Querem a ideologia de gênero — que reduz o sexo biológico a uma fantasia — imposta para o meu filho, para o teu filho, para todas as crianças.

Lembro-me do dia em que a lei contra a ideologia de gênero foi aprovada pelos vereadores. Lembro-me da campanha popular que conseguiu mais de 30 mil assinaturas a favor do projeto de lei. Lembro-me da emoção e da alegria entre os educadores, pais e mães que defenderam a lei. Estávamos livres desse tormento! Foi como se alguém tivesse dito à tempestade: “Silêncio! Cala-te!”

Mas agora a tempestade voltou. A mesma ideologia que provocou o martírio e a morte de Rhuan insiste em atormentar a vida de nossas crianças. A esquerda, como sempre, não aceita nenhuma derrota; pelo contrário, quer transformá-la numa vitória ainda maior e humilhante, nem que seja no tapetão. Em vez da proibição da ideologia de gênero em uma cidade, querem torná-la obrigatória em todo o País!

Porque é disso que se trata: onde quer que seja disseminada, a ideologia de gênero passa a ser uma lei indiscutível e compulsória. Sob o falsíssimo pretexto de proteger minorias, impõe o jugo ideológico sobre a maioria. Enfraquece a base da sociedade humana, que é a família, e corrompe o fundamento moral de toda a civilização. A própria identidade humana — um menino é um menino, uma menina é uma menina — torna-se relativizada no altar da mentira.

Caso a lei de Londrina seja derrubada no STF, o menino Rhuan encontrará a sua segunda morte. O ministro que julgará a causa é conhecido por sua simpatia à agenda ideológica, mas nem tudo está perdido. Dias atrás, ele teve uma crise de choro quando se sentou ao lado de uma menina com anencefalia, que poderia ter sido abortada. Talvez essas duas imagens — a da menina que sobreviveu, a do menino que morreu — venham à sua mente na hora de julgar o caso. Porque, muito acima dos tribunais humanos, existe um Juiz que acalma as tempestades e aumenta a nossa coragem.

Quem é este que até os ventos e o mar obedecem? É Jesus Cristo — e ao seu lado está o menino Rhuan.

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