Em reação ao novo coronavírus, empresas como o Google e a XP recomendaram home office a seus funcionários mesmo antes de ​a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar que há uma pandemia em curso no mundo.

"Além de ser um protocolo para cenários como o atual, o trabalho remoto já é visto como uma ferramenta para retenção de funcionários, que tendem a gostar dessa flexibilidade", explica Lucas Nogueira, diretor de recrutamento da Robert Half, consultoria especializada em seleção e recrutamento.

Mas, como medida protetiva , o home office tomou outras proporções para os negócios. Raphael Falcão, diretor da Hays, empresa de recrutamento, conta que muitas companhias não estavam preparadas para o aumento, na última semana, do número de funcionários que precisaram trabalhar remotamente.

"Isso é um alerta para que as empresas tenham um plano de contingência bem definido e estruturado", diz.

Quanto ao empregado, o primeiro ponto para o novo regime de trabalho funcionar é entender que o objetivo é ganhar em produtividade. "Você não perde tempo se locomovendo, por exemplo. Mas você tem que ter uma rotina preestabelecida", diz Falcão.

Ao trabalhar em casa, o funcionário é responsável pelas tarefas e pela forma como irá executá-las, afirma Amelia Caetano, especialista em gestão remota do Instituto Trabalho Portátil, empresa de consultoria que implementa home office em organizações.

Segundo ela, o gestor deixa de ter o controle do que a pessoa está fazendo nesse regime e passa a ter confiança de que os prazos acordados serão cumpridos.

Garantir uma boa comunicação remota entre líderes e equipe é fundamental para manter o fluxo de trabalho. Antes de começar o expediente, teste se os chats e plataformas de videoconferência usados para entrar em contato com os colegas estão funcionando.

Para manter a produtividade, é importante manter o foco na tarefa que está sendo realizada e, em vez de checar e-mails e ligações de forma compulsiva, estabelecer períodos para fazer essa verificação.

As empresas que demandam home office geralmente oferecem notebooks com a segurança necessária para acessar documentos, ramais digitais e servidores próprios. Mas os funcionários também devem se atentar ao funcionamento de ferramentas fundamentais para o expediente, como a internet.