Quando um bem público é danificado ou desaparece devido a furtos, o vândalo ou o ladrão está prejudicando a própria comunidade, ou seja, ele mesmo, seus familiares e amigos.

No domingo (8), as imagens de manifestantes extremistas destruindo prédios em Brasília percorreram o Brasil e o mundo e enquanto se calcula os prejuízos causados ao STF (Supremo Tribunal Federal), Congresso e Palácio do Planalto a pergunta que se faz é: quem vai pagar essa conta?

Que o povo vai arcar com o prejuízo já se sabe, mas é possível fazer com que aqueles que cometeram o crime também paguem pelo conserto, além da prisão? Na capital federal, o Ministério Público pediu abertura de processo no TCU (Tribunal de Contas da União) para que o ex-secretário de Segurança, Anderson Torres, o governador Ibaneis Rocha e extremistas sejam cobrados pelos danos. É bastante justo.

O patrimônio público é formado pelos bens que pertencem ao Estado e assim têm interesse público e coletivo.

Em Londrina, na segunda-feira (9), mais uma amostra de prejuízo aos bens públicos com o agravante de representar um sério risco à vida da população. Estamos falando de um furto ocorrido no fim de semana (7 e 8) na Farmácia Municipal de Londrina, localizada na alameda Manoel Ribas, no centro.

A porta da frente do imóvel foi arrombada e os bandidos furtaram duas televisões, quatro computadores, um frigobar e a suspeita é de que também tenham levado remédios controlados.

Como medida emergencial, a prefeitura começou a fazer o inventário de medicamentos para ver quais e quantos foram furtados, explicou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde. O prédio não conta com câmeras de segurança e há apenas as câmeras da GM (Guarda Municipal) no entorno.

Usuários que foram à unidade buscar medicamentos não puderam ser atendidos. Como foi o caso da agricultora aposentada Olimpia Bedetto Moreira, ouvida pela reportagem da FOLHA. Moradora do distrito de Guairacá, ela pegou três ônibus para chegar à farmácia, mas voltou para casa sem os remédios.

Os crimes contra o patrimônio público mostram quanto a sociedade não se sente parte da comunidade onde vive, pois ignora a importância de cuidar e de ser parceira da administração nos âmbitos municipal, estadual ou federal na fiscalização do bem comum.

É preciso que esse sentimento de pertencimento e cuidado com o patrimônio público seja despertado em todos, desde criança. Uma postura, uma conscientização que deve ser construída e incentivada por pais, professores e líderes políticos.

Obrigado por ler a FOLHA!