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image description | Foto: Folha Arte / Gustavo Padial

Além de mais concorrida e com mais partidos de grande porte no páreo, a campanha eleitoral ao Senado no Paraná também está mais volumosa do que a corrida ao Palácio Iguaçu. Somados, até agora, os 10 candidatos já divulgaram receitas que superam R$ 14 milhões e despesas que chegam a R$ 8,5 milhões. Embora a maior parte do montante seja destinada pelo fundo especial, o valor distribuído pelos partidos já ultrapassa o arrecadado e investido em campanhas ao governo. No Paraná, os nove candidatos ao Executivo estadual arrecadaram juntos R$ 11,5 milhões e investiram R$ 7,68 milhões nas campanhas até o último balanço declarado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e conferido pela FOLHA. Em termos percentuais, a arrecadação das campanhas ao Senado é 21,7% maior do que para o governo, enquanto as despesas são 11,8% superiores.

O teto de gastos estipulado pelo TSE para cada candidato que concorre à chamada Câmara Alta é de R$ 4.447.401,54. Os três primeiros colocados nas pesquisas são também os que mais gastaram. Alvaro Dias (Podemos), por exemplo, já arrecadou acima do limite permitido, declarando R$ 4.981.444, sendo a maioria dos recursos do fundo especial repassado pelo diretório nacional da legenda. O atual senador, que tenta a reeleição, aplicou na campanha até agora quase R$ 2 milhões. O principal fornecedor do candidato é um escritório de advocacia em que foram aplicados 20% dos recursos, seguido de uma gráfica, com outros 12% investidos.

Já o candidato Sergio Moro (União) aparece em segundo lugar em receitas e primeiro em gastos: sua campanha arrecadou cerca de R$ 2,5 milhões e empregou R$ 2,7 milhões, segundo declaração oficial. O ex-juiz federal também tem como maior fornecedor até agora um escritório de advocacia, para o qual foram destinados 25% do total de recursos arrecadados ou R$ 700 mil.

Considerado candidato do presidente Jair Bolsonaro no Estado, o candidato Paulo Martins (PL) é o segundo que mais obtém recursos até agora e o terceiro que mais contratou despesas de campanha. São R$ 2,78 milhões arrecadados e R$ 1,54 milhão investidos na corrida ao Senado. Martins destinou 19,36% do montante numa empresa de marketing e publicidade, 16% numa produtora de vídeos e 12% numa gráfica. Os dados com o ranking de doadores e fornecedores constam no Sistema DivulgaCandContas, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral do Paraná).

CANDIDATURAS

Das 11 siglas que estão na coligação que apoiam a reeleição de Ratinho Junior, quatro têm candidatos ao Senado: além de Sergio Moro e Paulo Martins, o ex-governador Orlando Pessuti (MDB) e a deputada federal Aline Sleutjes (Pros). Isso também explica o porquê "sobram" recursos dos partidos para investirem na corrida ao Senado. O MDB de Pessuti investiu até agora R$ 707 mil na campanha, e Sleutjes, R$ 522 mil.

Os candidatos, os partidos e as federações tiveram até a última terça-feira (13) para realizar a primeira prestação de contas do registro da movimentação financeira em dinheiro na Justiça Eleitoral.

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