Na semana marcada por ataques mútuos entre o gestor Sérgio Malucelli e boa parte da torcida (incluindo a organizada) – em mais um capítulo da novela “Amor e ódio” que já se arrasta há pelo menos dez anos -, o Londrina registrou seu segundo maior público no Café nesta Série B, sábado (10), na vitória sobre a Chapecoense. Foram anunciadas 4.018 pessoas, com 3.488 pagantes, contra 7.038 (6.120 pagantes) diante do Vasco, no primeiro turno.

Imagem ilustrativa da imagem Em meio a rusgas com gestor, a clara sintonia entre o time e a torcida
| Foto: Ricardo Chicarelli

E ao final do jogo, a demonstração de que há uma clara sintonia entre essa mesma torcida – a torcida que vai ao campo -, os jogadores e o técnico Adilson Batista, que afinal é o 12º atleta desse time. Aos gritos de “Vamos subir, Tuba!”, todo mundo ali deixava claro que ninguém está acima do sentimento que os une em torno de uma causa só.

Adilson, já conhecido por suas comemorações extravagantes (viralizou o vídeo em que ele dá um carrinho na placa publicitária após um gol do Cruzeiro, quando dirigia o time), até vestiu a cabeça da mascote do Tubarão para festejar a vitória com a galera.

Depois da partida, na coletiva de imprensa, ele falou dessa relação tão intensa. “Em relação à torcida, eu tenho carinho, respeito. Independente do número que venha ao estádio, a cidade gosta do Londrina. A torcida do Londrina é forte, é quente, é vibrante. Eu só tenho que agradecer”, disse.

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Com carradas de razão de um lado e do outro, a troca de críticas entre torcedores e gestor surgiu após Malucelli confirmar que havia vendido o mando do jogo contra o Grêmio, no próximo 8 de outubro, para Cascavel, reduto gaúcho no Estado, por falta de público no Café. Questionado pela FOLHA sobre o que pensa da decisão, que poderia ser repensada pelo gestor a julgar o que ele viu no estádio sábado -, Adilson, ex-zagueiro hábil, preferiu não entrar em dividida.

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“Primeiro, eu tenho que respeitar decisões de quem comanda, de quem paga, o aspecto financeiro, e nós não precisamos temer se jogamos em Cascavel, no Maracanã, em São Januário, temos é que jogar futebol e propor o jogo, marcar, neutralizar e fazer o jogo que cabe ao nosso objetivo”, afirmou.

E depois prosseguiu: “Eu entendo, a gente precisa olhar os dois lados. Eu sou muito coletivo, sou muito grupo. Eu sou o que é bom para o clube, a instituição, vou defender sempre, eu sei das dificuldades. É R$ 100 mil de luz, R$ 100 mil de comida, R$ 200 mil de impostos, teve um ano de pandemia. Tudo tem dificuldade. Eu quero ajudar, quando coloco o Danilo Peu (atleta da base), tô ajudando ou não? Eu quero ajudar, essa é a minha intenção aqui”.

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