O Ministério Público do Paraná afirma que, pelo menos por enquanto, não há como fazer uma relação entre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT, e a morte do vigilante Claudinei Coco Esquarcini, encontrado neste domingo em Medianeira, no Oeste do Estado. O caso é tratado como suicídio pela Polícia Civil, que abriu inquérito.

Velório do Guarda Municipal Marcelo Arruda, militante do PT, que foi assassinado por policial apoiador de Bolsonaro no dia 10 em Foz
Velório do Guarda Municipal Marcelo Arruda, militante do PT, que foi assassinado por policial apoiador de Bolsonaro no dia 10 em Foz | Foto: Paulo Lisboa/Folhapress

Esquarcini era diretor da Aresf (Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu), em Foz do Iguaçu, onde o GM foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Arruda comemorava o aniversário com familiares quando foi baleado pelo agente. A festa tinha como tema o PT (Partido dos Trabalhadores).

Em nota, a Polícia Civil disse que "investiga o suicídio de Claudinei Coco Esquarcini, vigilante da Itaipu e diretor da Aresf, ocorrido neste domingo (17), em Medianeira (PR). Imagem de câmera de segurança mostra que ele estava sozinho quando se jogou de cima de um viaduto. Foi socorrido com vida, mas não resistiu e entrou em óbito."

Procurado pela FOLHA, o MP, também em nota, informou que "o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Medianeira. A princípio, não é possível dizer que há relação entre os dois fatos. Se for constatado, no curso do inquérito, que o caso tem alguma relação com a morte de Marcelo Arruda, o MP analisará que providências adotar."

Guaranho segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital em Foz e sem previsão de alta. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

A reportagem tentou contato com representantes da Aresf para comentar a morte do diretor, mas ninguém atendeu as ligações.

INQUÉRITO

Na semana passada, a polícia concluiu a investigação da morte do GM. A delegada Camila Cecconello, chefe da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Curitiba e que foi designada especialmente para apurar o caso, não viu motivação política no assassinato. O resultado foi contestado pelos advogados da família de Marcelo Arruda.

O Ministério Público explicou nesta segunda-feira (18) que "com a conclusão do inquérito, vai trabalhar dentro do prazo legal para oferecimento da denúncia".

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