O prefeito de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), Ailton Maistro (União Brasil), decidiu vetar o projeto de lei de sete vereadores que isenta total da cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) para empresas que gerem mais de 200 empregos nas áreas de engenharia, obras de terraplanagem, fundações, construção de edifícios, instalações elétricas, acabamentos e instalação de máquinas e equipamentos industriais.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assina  nesta terça-feira (31)  novos contratos com Hospitais Filantrópicos, Santa Casa de Cambé,  Hospital Sao Rafael de Rolândia e Hospital  Cristo Rei de Ibiporã. Na foto, Prefeito. Ailton Aparecido Maistro de Rolandia.  31/08/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assina nesta terça-feira (31) novos contratos com Hospitais Filantrópicos, Santa Casa de Cambé, Hospital Sao Rafael de Rolândia e Hospital Cristo Rei de Ibiporã. Na foto, Prefeito. Ailton Aparecido Maistro de Rolandia. 31/08/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN | Foto: : Geraldo Bubniak/AEN

Aprovado em segundo turno durante uma sessão bastante tumultuada, na noite de segunda-feira (14), o texto recebeu duas emendas. Uma delas, apresentada por Andrezinho da Farmácia (União Brasil) e Reginaldo Silva (PSD) - este, presidente do Legislativo -, acrescentou a isenção de 50% do imposto para os empresários que criarem entre 100 e 199 empregos formais na cidade. Eles são dois dos autores da proposta original.

"Não posso sancionar isso. Não vou aceitar. Se derrubarem o veto, vou procurar a Justiça. Pelos nossos cálculos, o município deixaria de arrecadar R$ 10 milhões. Seríamos muito prejudicados. Não haveria recursos para investimentos", declarou Maistro em entrevista coletiva nesta terça.

O prefeito argumentou que "os aditivos de obras que estão acontecendo demandam reservas financeiras da prefeitura". Ele afirmou que "dinheiro do Estado não vem rápido como a gente gostaria" e explicou que "não pode atrasar o salário dos servidores".

Questionado se os parlamentares teriam algum tipo de interesse obscuro na aprovação do projeto, que concede a isenção para segmentos específicos, Maistro preferiu não polemizar. "Disso eu não falo. Só sei que preciso desse dinheiro para administrar Rolândia", resumiu.

DEU ATÉ POLÍCIA

O debate no plenário foi apertado: cinco vereadores votaram a favor e quatro contra. Moradores compareceram à sessão e protestaram após a decisão do Legislativo. A Polícia Militar foi chamada para acalmar os ânimos. A manifestação prosseguiu do lado de fora e foi acompanhada por diversas viaturas do 15º Batalhão.

FUTURO

Os próximos dias devem ser de intensas negociações entre prefeitura e Câmara. Em entrevista à FOLHA, o vereador Guilherme Spanguemberg (PTB), que votou contra o projeto, crê na manutenção do veto. "A expectativa é essa. Temos que conquistar pelo menos mais um voto para que a decisão do prefeito em vetar fique como está. Ele mesmo disse que vai tentar convencer alguns parlamentares", comentou.

A reportagem ligou várias vezes para o presidente da Casa, Reginaldo Silva, mas ele não retornou o contato.

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