Começa no dia 7 de março o prazo para o contribuinte enviar a declaração do IR (Imposto de Renda) 2022, tendo até as 23h59 do dia 29 de abril para prestar contas à Receita Federal. É obrigado a declarar quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; contribuinte que obteve rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, acima de R$ 40 mil; e pessoas com posse ou propriedade de bens acima de R$ 300 mil.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Prepare-se para acertar as contas  com o `leão´
| Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

O programa para preencher o Imposto de Renda será liberado também no dia 7 de março e o "leão" espera receber 34,1 milhões de declarações neste ano em todo o Brasil. Entre as novidades deste ano está a possibilidade de que todas as declarações poderão vir preenchidas automaticamente. Basta ter o cadastro no portal gov.br na modalidade prata ou ouro.

O sistema vai trazer tudo que já está no banco de dados da Receita sobre o contribuinte e as informações que terceiros declararam à Receita sobre ele, como despesas médicas.

Outra novidade é a possibilidade de receber a restituição por meio do PIX, desde que a chave do contribuinte seja o número do CPF do titular da declaração. Também será permitido fazer o pagamento da Darf neste formato para quem tiver imposto a pagar. O primeiro lote de restituição será repassado em 31 de maio.

Fazer a declaração de Imposto de Renda é dor de cabeça para muita gente. O sistema e as leis tributárias no Brasil são um tema bastante complexo e até mesmo empresas e pessoas sem qualquer intenção de sonegar podem cometer erros e complicar-se. Em entrevista à FOLHA, o Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região orienta as pessoas a priorizarem os primeiros dias após a abertura do prazo para declarar. Segundo a entidade, não deixar para a última hora é uma forma de evitar o erro.

O Imposto de Renda vem no rastro de outros impostos que representam uma baixa importante no bolso dos brasileiros, como o IPVA e o IPTU. Assim, de janeiro a abril o cidadão costuma pensar muito em impostos e questionar a aplicação deles nos orçamentos da União, Estados ou municípios. Depois, infelizmente, conforme os meses vão passando, o cidadão costuma esquecer o quanto de seu salário foi descontado na fonte e, se for o caso, o quanto ainda terá que pagar.

O dinheiro que pagamos para a Receita Federal e outros tantos impostos (embutidos até mesmo quando compramos uma bala) poderia estar sendo melhor utilizado, como uma forma de aprimorar as ações prestadas pelo poder público, principalmente nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura. Lembre-se que é esse dinheiro pago via impostos que financia os serviços essenciais e, por outro lado, as viagens internacionais que agentes públicos depois nem conseguem explicar para qual finalidade deixaram o país.

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