Londrina estreia com vitória e técnico elogia maturidade

Depois de uma pré-temporada com diversos problemas, com poucos treinos e muitos casos positivos de Covid-19, o Londrina soube superar as adversidades e obteve uma estreia importante na defesa do título de campeão paranaense. O adversário da primeira rodada foi o Maringá, contra o qual o Alviceleste conquistou o título de 2014.

O jogo, que começou bastante truncado, logo pendeu favoravelmente para o Tubarão, que passou a ter mais domínio da bola em campo. O sol escaldante e temperaturas que chegaram a 36ºC obrigaram a arbitragem a realizar duas paradas técnicas para amenizar o calor. O primeiro tempo teve domínio do Alviceleste, embora o gol não tenha saído por conta de erros na transição do meio de campo para o ataque e por dificuldades de fazer uma finalização limpa.

Quando a torcida imaginava que o domínio do Tubarão seria tranquilo, veio o susto. O gol do Maringá saiu aos 11 minutos do segundo tempo. Em cobrança de escanteio, o zagueiro Ronald, que estava na primeira trave, sem marcação, desviou de costas para o gol, sem chances para Matheus Nogueira.

Mas a história teve uma reviravolta e logo o time local tomou as rédeas da partida novamente e no intervalo de 7 minutos a história já estava favorável aos donos da casa. O empate do Londrina ocorreu logo depois, aos 13 minutos do segundo tempo. Mossoró lançou, Douglas Coutinho disputou com Bruno Luiz e foi ao chão. O árbitro André Ricardo Martins marcou o pênalti. Eltinho cobrou no canto direito alto de Dheimison e converteu.

A virada do Alviceleste veio aos 18 minutos do segundo tempo. Em jogada de Jhonny Lucas pelo lado direito, ele fez um cruzamento rasteiro e Douglas Coutinho deu um carrinho e tocou para o fundo do gol.

O lance mais polêmico da primeira etapa ocorreu quando o ex-jogador do Londrina, Mateus Bianqui cometeu falta, levantando a perna perigosamente e atingiu João Paulo. O jogador já tinha um cartão amarelo e o time do Londrina pediu a expulsão do jogador, mas quem acabou levando cartão amarelo foi o treinador Vinícius Eutrópio. Como a torcida já estava familiarizada com Bianqui, foi ele o alvo das vaias e das reclamações dos torcedores. A cada lance mais duro, as arquibancadas clamavam pela expulsão dele. O barulho só cessou quando ele foi substituído por Guilherme Castro.

DESTAQUES

O jogo não foi de encher os olhos, mas foi uma boa partida do Londrina, com destaque para o trio Mossoró, Caprini e Douglas Coutinho. A defesa também foi sólida, com exceção do lance do gol do adversário e de outros três episódios mais agudos, mas que foram corrigidos a tempo pela própria zaga, ou pelo goleiro Matheus Nogueira. Em outros dois lances o time contou com a finalização ruim dos adversários.

Na próxima rodada o Londrina enfrenta o São Joseense, na quarta-feira (26), às 21h30, no Estádio do Café. O Maringá recebe o Athletico-PR no mesmo dia e horário, no Estádio Willie Davids.

MATURIDADE DO TIME

O técnico Vinícius Eutrópio, do Londrina, elogiou a maturidade do time na partida contra o Maringá. Ele ressaltou que a equipe conseguiu manter a calma e soube reverter o resultado adverso. “A gente tem que agradecer por tudo que está sendo construído. O que mais me agradou realmente foi a maturidade do time. Eu incentivo muito o time a comandar o jogo dentro de campo, com eles sabendo tomar as decisões e o momento de fazer a pressão no adversário, de baixar, de tocar a bola. É um time sempre organizado, mas não deixando de ser também inconsequente, no bom sentido”, destacou.

“Os próprios jogadores falaram: ‘tomamos o gol e não nos abalamos. Nos incentivamos ali e foi muito rápido’. Isso foi muito importante, porque se passassem cinco ou 10 minutos, eles poderiam fazer as substituições e eu teria que abrir muito mais o time, e aí poderia causar os contra ataques, mas o gol saiu. Se existe um momento certo, saiu no momento certo.”

Questionado sobre qual a nota que ele daria ao time para essa estreia, Eutrópio disse que é difícil mensurar. “Se a gente levar em consideração todas as dificuldades com a Covid-19, com um time novo jogando, enquanto a outra equipe fez seis amistosos e está há mais de dois meses treinando, eu daria uma nota entre 6 e 7.”

Sobre o cartão amarelo que ele tomou após contestar a decisão da arbitragem em um lance em que Mateus Bianqui, que já tinha cartão amarelo, levantou demais a perna,ele contemporizou. “Beleza amarelo, mas eu dentro de campo eu sou meio assim mesmo. Normal. Sou mineiro só fora de campo, quieto, mas na hora do jogo eu gosto de ser um pouquinho mais agitado”, declarou.

“Eu queria parabenizar a torcida. Falei que era importante a ajuda da torcida e de todos vocês da imprensa para compreender esse nosso momento de apenas 10 sessões de trabalho com todo o grupo junto. Então foi muito importante e quero agradecer de coração. Também quero parabenizar o grupo de jogadores e o nosso estafe”, ressaltou.

OUTROS JOGOS DA RODADA

No domingo, além do jogo entre Londrina e Maringá, o Athletico-PR venceu o Paraná Clube por 1 a 0 E o São Joseense empatou sem gols com o Azuriz. A partida do Operário contra o União terminou depois do fechamento da edição. No sábado (22), o Coritiba venceu o Cianorte por 1 a 0, e o Cascavel FC venceu o Rio Branco por WO, porque o time não conseguiu inscrever os jogadores a tempo da estreia.

EM LONDRINA

Londrina 2 x 1 Maringá

Local: Estádio do Café

Árbitro: André Ricardo Martins (PR)

Público:1.458

Renda: R$ 31.410

Cartões vermelhos: Não houve

Gols:Ronald (11 minutos do 2º tempo), Eltinho (13 minutos do 2º tempo), Douglas Coutinho (19 minutos do 2º tempo)

Londrina: Matheus Nogueira, Rafael França, Augusto, Saimon, Eltinho (13 minutos do 2º tempo), João Paulo,João Paulo, Marcelinho (Douglas Lima), Jhony Lucas(Ratinho), Douglas Coutinho (Juan), Mossoró (Léo Artur), Caprini (Vitor Daniel) Técnico: Vinícius Eutrópio

Maringá: Dheimison, Marcos Vinicius, Bruno Luiz, Ronald (11 minutos do 2º tempo), Carlinhos, João Denoni (Anderson Santos), Parrudo, Matheus Bianqui (Guilherme Castro) Mirandinha (Rian), Alemão (Sales) e Robertinho (Felipe Saraiva) Técnico: Jorge Castilho