Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), até março, metade da população europeia estará contaminada pela Ômicron. Aqui em duas semanas a média móvel da Covid cresce 2.000%. Entre domingo e segunda, 111 mortes no Brasil e 34.215 infecções e no Paraná com sete mortes e 4.541 casos. Desde o início do ano cresceu 71% o número de pacientes em leitos de Covid. O Estado aparece com a terceira maior taxa de transmissão. E isso, ainda por cima, com apagão dos registros há um mês e o risco das subnotificações. As improvisações vão se aplicando e a quarentena é reduzida de 10 para 5 dias no caso dos assintomáticos.

Revisão

Na quarta estimativa da produção de grãos chegou-se a 284,59 milhões de toneladas, mais 12,5% sobre o levantamento anterior, mas a inflação acumulada em um ano chega a 10,67%, a maior desde 2.015. As 8.221 vagas de emprego no Paraná dava ânimo na agência do trabalhador.

Noivado sob ameaça

O noivado Lula-Alckmin persiste sob ameaça: a bronca agora é com a defesa que o petista está fazendo da reforma trabalhista em andamento na Espanha. Não chega pelo jeito a namoro firme.

Duelo

Duelos na gestão Bolsonaro são contundentes, mas apenas verbais como no caso da carta do Barra Torres que o presidente achou violenta, na verdade elegante e imprópria para os níveis de civilidade do momento. Aqui no Paraná não temos uma história rica desse tipo de confronto, mas nos anos cincoenta houve um desafio a revólver entre o deputado Júlio Rocha Xavier e o jornalista Roberto Barroso no Passeio Público de Curitiba e que acabou com ninguém acertando ninguém e apenas dando um susto nos animais do zoo.

Efeitos eleitorais

Todo ano se repete a cena: o Tribunal Regional Eleitoral recebe o pesado dossiê do Tribunal de Contas sobre desvios de prefeitos e camaristas e que os inabilitam ao pleito. Agora a Coordenadoria de Gestão Municipal apurou que 84% das prefeituras fizeram gastos indevidos em 2020 e 15% das câmaras também cometeram desvios em prestação de contas.

Emulação

São Paulo continua com sua marquetagem eleitoral em cima da pandemia e agora mais uma provocaçãozinha: anuncia que vai vacinar todas as crianças de 3 a 11 anos em 10 dias. Graças ao governador João Doria e ao Butantan tiramos o tema da inércia. Há ainda o pleito junto à Anvisa para a liberação da Coronavac ainda em estudos de avaliação. São Paulo, graças a isso, virou o QG da luta. Dos padecimentos da pandemia chegamos ao pandemônio da baixa politicagem.

O teto e o tato

A fixação do teto de gastos com aumentos acima da inflação tem apenas cinco anos dessa suposta austeridade, mas a onda é cada vez maior contra esse limite, por sinal sob frequente ameaça como se dá com o Auxílio Brasil. Pré-candidatos presidenciais defendem – e de forma exaltada- a ruptura da regra que impede aumento das despesas acima da inflação. Bem brasileira essa sobra de teto e ausência absoluta de e tato.

Circulação

Desde o Plano Real caiu pela primeira vez o volume de dinheiro em circulação que é atribuído pelo Banco Central à redução de demanda por papel moeda e ao aumento da digitalização, entre elas o início do Pix, e ainda a força do auxílio emergencial. A grana em circulação no ano passado foi de R$ 339,01 bilhões, queda de 8,5% relativamente a

2020.

Folclore

Criou-se um tabu mandamental sobre o tal teto de gastos e tanto que só agora há a onda para furá-lo e prometida, à direita e à esquerda, até pelos pré-candidatos presidenciais. Como já temos a PEC do Calote, é tudo questão de tempo.

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