A cardiopatia hipertrófica é o tipo mais comum entre os problemas de coração nos gatos, informa o CRMV-SP
A cardiopatia hipertrófica é o tipo mais comum entre os problemas de coração nos gatos, informa o CRMV-SP | Foto: iStock

As doenças cardíacas são comuns em cães e gatos com idades mais avançadas. O problema começa discretamente, sem apresentar sintomas, e pode se agravar rapidamente, levando os animais de estimação à morte, quando não tratadas a tempo. Com diagnóstico precoce e tratamento correto, é possível que os pets tenham uma vida prolongada e com qualidade.

Os sintomas mais comuns a todas as cardiopatias são tosse, cansaço, intolerância ao exercício e comprometimento renal. Em estágio avançado, a cardiopatia em cães e gatos ocasiona dificuldade respiratória, inchaço em membros ou abdômen, língua arroxeada ou azulada, tonturas ou desmaios e emagrecimento.

EM CÃES

A doença valvar mitral crônica acomete 90% dos cães com mais de dez anos de idade. Conhecida como endocardiose salvar, ocorre por degeneração valvular, causando deficiência de funcionamento em uma das válvulas do coração e provocando refluxo do sangue. Como consequência, gera um quadro de insuficiência cardíaca.

Como não apresenta sinais iniciais, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor. “O animal deve fazer check-up entre oito e dez anos. Se os exames mostrarem normalidade, pode repetir dentro do prazo de um ano. Se houver alteração, deve ser repetido a cada seis meses”, diz Otávio Verlengia, membro efetivo da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de são Paulo).

Pode acometer qualquer raça, mas tem maior incidência nos cachorros mestiços e de pequeno porte das raças poodle, schnauzer miniatura, chihuahua, yorkshire e maltês. Verlengia diz que em cães de grande porte a cardiopatia hipertrófica é a mais comum – quando a parede do coração fica espessa, dificultando o bombeamento do sangue.

EM FELINOS

A cardiopatia hipertrófica é o tipo mais comum entre os problemas de coração nos gatos. Com o aumento de volume do órgão e a dificuldade de bombeamento, o funcionamento do coração é afetado, sendo mais comum no macho, com idade média de quatro a nove anos.

A disfunção responde por dois terços de todas as doenças cardíacas e tem a genética como principal causa. Ela acomete especialmente as raças maine coon, persa e rag doll, e aqueles resultantes do cruzamento entre elas.

Verlengia destaca a complexidade do diagnóstico em estágios iniciais da doença nos felinos, sendo o check-up ainda mais essencial no caso deles. O exame pode ser feito a partir dos dez anos de idade. (Com informações da Comunicação CRMV-SP)

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