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. | Foto: Arquivo FOLHA

Londrina tem um alto índice de acidentes com mortos e feridos no trânsito - são mais de dez por dia e essa também é uma preocupação do Plano de Mobilidade que aponta para a necessidade de se aumentar a segurança viária e a moderação de trafego. “Além de reduzir esse número, o Plano de Mobilidade Sustentável vai melhorar a fluidez do tráfego ao reduzir a quantidade de bloqueios e interferências de vias causadas pelos acidentes”, diz Tadeu Felismino, presidente do Ippul.

Com uma “Política de Visão Zero e Sistemas Seguros”, Londrina passa a adotar a premissa de que o erro humano é inevitável, mas as mortes e ferimentos graves no trânsito, não. “Essa política não aceita mortos ou feridos graves no trânsito em uma perspectiva ética correta e, para tanto, os atores dos sistemas de mobilidade devem atuar em três frentes simultaneamente para garantir essa segurança: na engenharia, na comunicação eficiente de campanhas de sensibilização e na fiscalização”, completa.

O estudo que originou todo o Plano de Mobilidade de Londrina identificou 66 intervenções já projetadas para remover todos os gargalos que causam congestionamento e atrasos no sistema viário da cidade, um dos grandes problemas na opinião de Felismino. O Plano de Obras Viárias para os próximos 25 anos prevê mais de 60 obras já detalhadas, com estudo de custos e benefícios, divididas de acordo com as prioridades.

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Para os primeiros cinco anos, as obras já estão previstas e outras virão. “Isso proporciona uma qualidade para a gestão municipal. Ao assumir, o prefeito e sua equipe, independentemente de quem for, já tem à disposição um caderno de obras com o Ippul já preparando projetos funcionais para todas essas propostas. Atualmente, a cidade trabalha algumas prioridades como o Arco Leste e as próximas intervenções estão focadas na melhoria da mobilidade na região sul, enfrentando o gargalo representado pela Madre Leônia e a Avenida Ayrton Senna”, diz. Nesse sentido, Felismino destaca o prolongamento da Waldemar Spranger até atrás do Shopping Catuaí e a duplicação da avenida Octávio Genta.

Posteriormente, outra alternativa de acesso será pela rua Constantino Pialarissi que vai ligar a avenida Faria Lima, contornando o Campus da UEL (Universidade Estadual de Londrina) até a região dos condomínios.

“Outra grande prioridade é o Contorno Norte, com um novo corredor de desenvolvimento e de industrialização da cidade, acima do Ribeirão Jacutinga e que vai liberar a avenida Brasília par outros usos e atividades econômicas, com um caráter mais urbano”, revela.