Luiz Valério dos Santos, diretor do Fórum Eleitoral:   Se alguém tiver febre ou outro sintoma de Covid terá de justificar sua ausência, mas não precisa correr"
Luiz Valério dos Santos, diretor do Fórum Eleitoral: Se alguém tiver febre ou outro sintoma de Covid terá de justificar sua ausência, mas não precisa correr" | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha - 06/11/2020

As eleições deste ano devem entrar para a história por conta da pandemia do novo coronavírus, que, consequentemente, remete a todos os protocolos de segurança e higiene que serão adotados para a votação. No entanto os próprios números da eleição em si são superlativos. No Paraná são 20.745 seções eleitorais divididas em 4.887 locais de votação em 399 municípios. O Estado possui 25.712 urnas eletrônicas distribuídas em 186 zonas eleitorais. Esta eleição vai contar com 85 mil mesários e 22 mil colaboradores. São 8.152.710 eleitores que escolherão seus candidatos no Estado entre os 41.792 processos de registro de candidatura.

Londrina está entre os 95 municípios do País com mais de 200 mil eleitores. Com uma população de 575.377 habitantes, são 376.073 pessoas aptas a votar (65,36%). Elas se espalharam por 1.132 seções divididas em 146 locais de votação em quatro zonas eleitorais (41ª, 42ª, 146ª e 157ª). Isso representa 6,44% a mais que nas eleições de 2016, quando a cidade possuía 353.314 eleitores. O município é o segundo maior colégio eleitoral do Estado e para dar conta de tudo isso serão necessários 3932 mesários e 945 outros colaboradores, um contingente que totaliza 4.877 pessoas. Cerca de 85% dessas pessoas são voluntárias, contra 70% registrado na edição anterior.

Para o juiz Luiz Valério dos Santos, diretor do Fórum Eleitoral de Londrina, alcançar esse número não foi um desafio, mas uma situação nova. “Intensificamos a campanha do mesário voluntário e para nossa felicidade o pessoal entendeu e tivemos boa adesão, porque viram que o sistema oferece segurança”, afirma.

COVID-19

Ele explica que várias medidas foram tomadas por causa da Covid-19. “A pandemia mexeu com tudo, inclusive com o layout da mesa receptora e com o percurso do eleitor no local de votação. Foi dispensada a identificação biométrica, porque ficar encostando o dedo no equipamento pode potencializar risco de contaminação. Seria inviável limpar com álcool o tempo todo, senão iria danificar o aparelho”, observa. Esse fato, segundo ele, não será motivo para demora. O juiz ressalta que a identificação pelo caderno irá agilizar ainda mais. “O mesário vai pela ordem alfabética do nome e consegue identificar rapidamente. Pela leitura biométrica acaba demorando mais, porque às vezes têm que trocar de dedo.”

O juiz ressalta que, se mesmo assim houver filas haverá sinalização para as pessoas manterem o distanciamento. “Além disso, teremos um secretário de prédio, que vai orientar os próprios mesários e os eleitores”, conta.

Segundo ele, o álcool em gel será disponibilizado para todos e cada mesário receberá um kit com três máscaras e um protetor facial. “Não haverá medição de temperatura. Se alguém tiver febre ou outro sintoma de Covid terá de justificar sua ausência, mas não precisa correr. Pedimos para que não faça no dia. Ele tem 60 dias para ir à Justiça Eleitoral."

SEM DETENÇÃO

Neste ano não haverá detenção no ginásio do Moringão ou outro espaço semelhante. Segundo o juiz , quem cometer delitos será encaminhado para a Polícia Civil ou Polícia Federal, dependendo da gravidade.