Um incêndio em um depósito de produtos diversificados assustou os moradores do Calçadão de Londrina na manhã desta segunda-feira (9). Os bombeiros foram acionados às 5h30 e os vizinhos que moram nos prédios anexos, nos edifícios União e Salim Sahão, tiveram que sair por conta da fumaça.

Ao todo, 30 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados, três viaturas de combate a incêndio, um caminhão tanque e a plataforma de combate
Ao todo, 30 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados, três viaturas de combate a incêndio, um caminhão tanque e a plataforma de combate | Foto: Laís Taine

Foi a segunda ocorrência de incêndio atendida pelos bombeiros na cidade. No sábado (7), o fogo destruiu um apartamento no 8º andar do edifício Due Torri na avenida Madre Leonia Milito, na Gleba Palhano (zona sul). De acordo com o síndico Alessandro dos Santos, as causas do incidente serão analisadas por uma perícia nesta terça-feira à tarde. O andar continua isolado. Não houve vítimas nos dois casos. Os proprietários da loja não quiseram dar entrevista. As causas do incêndio ainda serão investigadas.

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Depois de sentir um cheiro forte de plástico queimado, José Fernando Silva, 59, olhou pela janela do 10º andar do Edifício União, em frente à Praça Gabriel Martins, e viu as chamas se espalhando pelo depósito da loja que pertence ao mesmo condomínio. "Chamamos o bombeiro, o elevador estava funcionando, então, saímos em seguida", relatou o morador.

“Tivemos dificuldade de acesso, iniciamos o combate pelo hotel ao fundo. Não sendo efetivo, buscamos outras alternativas, pelo Centro Educacional da avenida São Paulo e começamos a ter dimensão desse incêndio”, relatou o capitão Rodrigo da Costa, do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros. O capitão afirmou que o local do incêndio era utilizado como depósito de artigos diversificados, como vestuário, flores e brinquedos, o que contribui para que o fogo se alastre com mais rapidez. A estrutura de zinco ruiu e possibilitou o resfriamento por cima da edificação.

Ao todo, 30 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados, três viaturas de combate a incêndio tipo ABTR (Auto Bomba Tanque Resgate), um caminhão tanque de 30 litros e a plataforma de combate, que foi fundamental na visualização do incêndio. Os hidrantes do Calçadão também foram utilizados.

Os moradores do condomínio tomaram ações de segurança. A síndica do Edifício União, Maria do Carmo Augusto, 72, contou que não são realizados treinamentos, mas que no momento todos agiram conforme orientação dos bombeiros.

Uma senhora de 89 anos foi atendida pela ambulância do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) para ter acesso a oxigênio. Maria Aparecida Mlzareck vive sozinha, caminha com auxílio de andador e precisou descer os 10 andares pelas escadas.

ESTRUTURA

A falta de alguns equipamentos no edifício não comprometeu o serviço dos bombeiros. “São edificações antigas e na época em que foram construídos não eram necessários os instrumentos de combate que hoje a gente tem”, comentou o capitão. Sobre a fiscalização, ele falou que há um trabalho frequente das equipes. “Nós temos setor específico de vistoria que é competente para realizar as fiscalizações, ou na abertura da firma em que solicita esse certificado do bombeiro ou mediante cronograma de fiscalizações”, explicou.