A consultoria PSafe estima que um em cada cinco brasileiros já foi vítima de roubo de identidade na internet. Um levantamento apontou que entre os golpes aplicados, 40% das vítimas afirmaram ter feito cadastro em sites falsos de promoção, 39% se inscreveram em vagas de emprego que nunca existiram e 22% realizaram compra em sites falsos.

Diretor do Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, Emilio Simioni confirma que grande parte das fraudes acontece por descuido do internauta, mas ele também reconhece a habilidade dos golpistas. "Muitas vezes o site é muito bem feito. E o golpe começa com propaganda incentivada nas redes sociais para levar o maior número de pessoas possível a cair nele", alerta. São ofertas tentadoras com links que conduzem o consumidor em potencial a sites falsos, em um golpe conhecido como phishing. "A propaganda oferece um excelente smartphone por R$ 800 ou um televisor de última geração por R$ 900. O internauta clica, cai em um site falso muito semelhante a um site confiável e acaba tendo os dados roubados." No período da Black Friday, na última semana de novembro, disse Simioni, esse tipo de ação se multiplica mais rapidamente e os internautas devem ficar ainda mais atentos.

Somente neste ano, 27 mil clientes de Simioni clicaram em sites não confiáveis. "É um número muito alto. Eles não caíram no golpe porque estavam protegidos, mas se 1% tivesse caído e os fraudadores tivessem aplicado um golpe de R$ 1 mil em cada um, seriam R$ 270 mil em prejuízos. É um mercado bem lucrativo."

O coordenador da Comissão de Direitos do Consumidor da OAB – Londrina, Wagner Lai, destacou que os cuidados com as compras on-line não diferem tanto dos cuidados que se deve ter ao comprar em lojas físicas. “A palavra-chave é idoneidade. Sendo idôneo, o site terá meios de blindar suas informações, cumprir a oferta e ter um pós-atendimento eficiente.”

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