A atriz e palhaça Lily Curcio, 69, faleceu na última terça-feira (7), na Colômbia, após sofrer um mal súbito. Ela, que dava vida à palhaça Jasmim, esteve em Londrina em julho, durante o FILO (Festival Internacional de Londrina). Na ocasião, trouxe lirismo ao festival com “Jasmim e a Última Flor”.

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Em nota, o grupo Seres de Luz Teatro, que foi criado em 1994 pela atriz, informou que Curcio “partiu de forma súbita do jeito que mais amava, indo pelo mundo para fazer Teatro”.

Natural da Argentina, Lily veio para o Brasil em um momento difícil de sua vida, como contou à FOLHA. Ela teve contato com o LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp) e começou a dar vida à palhaça Jasmim, que a acompanhou até os últimos momentos da vida.

“Eu acho que [ser palhaço] é uma profissão muito séria, é uma profissão sagrada. E que sempre teve um papel muito importante no universo da cena”, disse a atriz, que constantemente dialogava com a poesia em sua obra.

O grupo de teatro ressaltou que Curcio teve “uma vida inteira dedicada ao seu ofício, com nariz vermelho, manipulando bonecos, mostrando pedaços de si e vivendo o Teatro em sua plenitude”. “A nossa eterna Palhaça Jasmim agora estreia em outros palcos, no Teatro da Saudade Eterna”, acrescentou em nota.

“Jasmim é um ser que além de me curar, de sarar minhas feridas, pode ser qualquer coisa. Muitas pessoas falam que quando veem Jasmim, ela não tem idade, pode ser uma velhinha, um menino ou menina de cinco anos. Ela pode ser tudo, e é isso que se trata ser palhaça, e eu não me imagino fazendo outra coisa da minha vida, é muito especial para mim”, disse Curcio à FOLHA em julho.