Manda quem pode obedece quem tem juízo
A entrada do atacante Danielzinho no Londrina, domingo, teve o dedo do alto escalão da diretoria alviceleste. Um telefonema dado da arquibancada coberta determinou a entrada do jogador. Ele certamente entraria no time, já que é uma substituição costumeira do técnico Nei César. Porém, a tal ligação pegou mal, pois pareceu que quem manda no time dentro de campo é o patrão.

Manda quem pode obedece quem tem juízo 2
No ano passado, dois técnicos deixaram o time porque não concordavam com a história de diretor querer escalar o time. Na semana passada, Nei César disse que não toleraria desmandos na equipe dentro de campo, ao ser questionado se uma possível substituição no gol seria uma ordem vinda da direção da empresa que terceirizou o Londrina.

Tiro certeiro
A eficiência ofensiva do Londrina é um dos méritos do técnico Nei César. Há muito tempo um treinador não exigia tanto de seus comandados nos treinamentos, principalmente no quesito finalização. César dá atenção especial às conclusões a gol e os resultados podem ser vistos em campo. Apesar do currículo não ser inexpressivo, já mostrou que é muito melhor do que muitos que chegaram ao VGD de peito estufado e que não passavam apenas de distribuídores de colete antes do coletivo.

Jogando junto
No jogo de domingo, o treinador chegou ao minuto final exausto, tanto que a entrevista coletiva foi dada em uma cadeira embaixo da sombra de uma árvore e em meio à reclamações de cansaço e de dores musculares. Afinal, ele joga junto com o time, pula, corre, grita, gesticula o jogo inteiro.

Bronca de torcedor
O torcedor alviceleste, Cláudio Santos de Olveira, que mora na Bolívia, está indignado ao saber ver quase 30 mil pessoas no Café para ver o Corinthians e apenas mil para ver o Tubarão uma semana depois, o que considerou vergonha para a torcida e para a diretoria do Londrina.

Solução
Para ver o estádio cheio, é preciso um atrativo e, por enquanto, o Londrina não se enquadra nesse quesito. Time forte, conquistas de resultados expressivos e competições de prestígio, além das jogadas de marketing, levam a torcida para o estádio ou ginásio. Quem sabe um dia as equipes londrinenses, não só o Tubarão, mas o basquete, um vôlei, se este ressuscitar, poderão voltar a se enquadrar nesse padrão.

Brasilianos
A Fifa precisa tomar uma atitude urgente e enérgica para coibir a naturalização de brasileiros que pretendem defender outras seleções de futsal. Como o povo italiano vai torcer por uma seleção composta apenas por brasileiros? Até a Rússia tem dois nascidos no Brasil em seu elenco. Se nada for feito, em alguns anos, o Campeonato Mundial será uma espécie de Liga Nacional. Isto é muito ruim para a imagem da modalidade.

Espaço aberto
Leitores da Folha entraram em contato com a coluna para discordar da opinião sobre a possível aposentadoria do piloto Rubens Barrichello da Fórmula 1 ao final desta temporada. Na edição da última sexta-feira, o Folha Esporte Clube divulgou nota ''comemorando'' a iminente saída de Rubinho da principal competição do automobilismo mundial.

Espírito aguerrido
Para Cesar Borges, ''Barrichello será o eterno segundo piloto da Ferrari, no entanto, ele tem muito mais o espírito do brasileiro aguerrido e que não desiste do que aquele Felipe Massa''. Ele completou: ''Ao menos, o Rubinho perdia para o Schumacher, que foi um dos maiores pilotos da história, e não para o Kimi (Raikkonen)''.

Corridas fantásticas
Opinição semelhante foi emitida por Joaquim Baduy, que diz acompanhar F-1 desde os 13 anos. ''Nunca concordei com o pouco caso e a chacota da imprensa e do próprio torcedor brasileiro. Barrichello não é um mero recordista de GPs, venceu GPs, fez corridas fantásticas...'' ''Fica aqui meu desabafo contra todos que injustiçaram um piloto brasileiro que bem nos representou por todos estes anos e que não teve a estrela de ser campeão''.

ULB x Campo Mourão
Hoje o time adulto da ULB volta a jogar contra o Fecam/Campo Mourão, só que desta vez na casa do adversário. O jogo será às 20 horas, no Ginásio JK. Na última quinta-feira, jogando na quadra do Canadá, em Londrina, o novo time da ULB, do técnico José Saviani, perdeu por 84 a 82 para os mourãoenses, que só jogam o Campeonato Estadual. Para um time considerado profissional (que disputa há três anos o Nacional da CBB) e pretende disputar a Liga Nacional de Clubes, a partir de janeiro de 2009, é inadmissível perder para Campo Mourão, que mesmo tendo um projeto bem organizado, possui estrutura amadora.

Fim de tabu
Em texto enviado pela assessoria de imprensa da Fecam, os mourãoenses comemoraram muito a vitória de quinta-feira sobre a ULB, no Ginásio do Canadá. ''Vitória que derrubou um tabu de mais de dez anos, pois desde a formação da equipe profissional de Londrina, em 1996, uma equipe adulta de Campo Mourão não vencia os londrinenses'', diz o texto.