Curitiba - Segundo um relatório divulgado ontem pela Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná, das 27 unidades prisionais do Estado, a maior parte enfrenta problemas de superlotação, insalubridade, infraestrutura física inadequada, reduzido número de agentes penitenciários e falta de pessoal técnico. Com a análise destes e de outros dados, o levantamento concluiu que 80% do sistema penal não oferecem condições necessárias de ressocialização dos presos e violam princípios de direitos humanos.
De acordo com o diretor do Departamento Penitenciário Estadual (Depen), Maurício Kuehne, alguns pontos levantados pelo documento procedem, como a falta de pessoal na área técnica e administrativa e o número de agentes penitenciários que está no limite. Entretanto, destaca ele, ''a OAB está equivocada quando aponta que apenas cinco penitenciários cumprem o papel de ressocializar os detentos''. ''Em dois anos subiu de 17% para 30% a quantidade de presos trabalhando, e de 21% para 43% o número daqueles que estudam, então existem dados que não procedem."
Isabel Mendes, membro da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, destaca que as informações do relatório foram baseadas em visitas e questionários respondidos por diretores, vice-diretores e chefes de segurança das 27 unidades.