O atraso na obra do Centro de Atendimento à Pessoa com Deficiência foi o tema da reunião entre os vereadores da Comissão de Fiscalização da Câmara Municipal de Londrina e os gestores do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema) na manhã dessa terça-feira (8). O prédio está sendo erguido em uma área doada pelo Município de Londrina no Jardim Sabará, região oeste.

A construção foi orçada em R$ 5,2 milhões de recursos federais do Ministério da Saúde e foi licitada pelo Cismepar. As obras começaram em setembro de 2021 e tinham prazo de entrega de 12 meses após a assinatura da ordem de serviço. Porém, até agora apenas 48% da construção foi executada, segundo o último levantamento dos órgãos fiscalizadores.

Entretanto, de acordo com o presidente da comissão, o vereador Roberto Fú (PDT), a construtora e os gestores do Cismepar informaram que os repasses da União foram suspensos na transição entre o governo Bolsonaro e Lula. Por isso, a obra ficou paralisada em seis meses.

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A construtora diz que está com poucos funcionários no local por conta da dificuldade de caixa. Em maio desse ano, os repasses foram retomados, mas ainda não seria suficientes para acelerar o ritmo da obra. "A obra não foi abandonada, mas suspensa pela falta de recursos. Há uma preocupação da Câmara porque existem poucos funcionários trabalhando na obra. Iremos cobrar o governo e a Caixa Econômica e agendamos um reunião com o banco, que é o responsável pelas medições e liberação de recursos", disse Fú.

BENEFÍCIO PARA 21 MUNICÍPIOS

O diretor do Cismepar, Diego Augusto Buffalo, informou que a empresa pediu mais prazo com previsão de entrega da unidade de saúde e reabilitação para fevereiro de 2024. "Temos cobrado o governo federal e pedido ajuda das forças políticas locais com a interlocução com o Ministério da Saúde. A construtora estava com quatro medições atrasadas. A obra toda funciona por meio de repasses do governo federal, mas a empresa cogitou a hipótese de concluir o trabalho até dezembro deste ano", respondeu.


Quando ficar pronto, o CER (Centro Especializado de Reabilitação) será a quinta unidade implantada no Estado para beneficiar mais de 100 mil pessoas com deficiência que residem nos 21 municípios da região norte do Estado. O local deverá contar com 40 profissionais com equipes multidisciplinares formadas por médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, educadores físicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais.