Em meio à pandemia do novo coronavírus, a esperança pela vacina contra a Covid-19 e por pesquisas que pudessem ajudar os médicos e pesquisadores a desvendarem o Sars-CoV-2 deram grande visibilidade à ciência. Mesmo em países contaminados pelo negacionismo, a maioria da população se curva e agradece os pesquisadores que desenvolveram imunizantes em tempo recorde. E muitos desses imunizantes mundo afora só conseguiram virar realidade porque encontraram ajuda de universidades.

No Brasil, que também sonha com uma vacina própria, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) é uma das instituições que trabalham no desenvolvimento de um imunizante. Mas eis que essa importante universidade paranaense alerta que pode fechar as portas este ano, caso não seja revisto o repasse do governo federal às instituições públicas que estão sob sua responsabilidade.

Com um orçamento R$ 1 bilhão menor, as universidades federais de todo o País estão à beira de um colapso. O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, disse que se o orçamento discricionário das federais não for desbloqueado, a universidade só tem condições de manter suas atividades até setembro ou outubro deste ano.

Nesse orçamento estão recursos utilizados para a manutenção das instituições, com gastos como iluminação, limpeza e segurança. Esse último corte do governo Jair Bolsonaro é só mais um agravante de uma sequência de redução de repasses financeiros às universidades.

No estado, os cortes no orçamento das instituições também vão impactar a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), que tem campus em Londrina. Há algumas semanas, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), uma das instituições de ensino mais importantes do País, alertou que não terá recursos para funcionar a partir de julho.

Um país que se deseja grande não pode abandonar o investimento na educação e na pesquisa. Infelizmente, no Brasil, o maior desafio para a ciência é a desvalorização e o pouco recurso destinado a realizar muito trabalho.

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