FOLHA VEST

CADERNO 6

01. (UEL)

Leia o texto a seguir:

Celulares e carros são, hoje em dia, objetos de grande desejo de consumo. Ter um carro pode representar muita coisa, sucesso com as garotas, inveja dos vizinhos, glamour, requinte. O fato é que poucos podem comprar um carro, estando este objeto longe da realidade da maioria. Celular, por sua vez, é uma mercadoria mais barata que começou com um apelo funcional: a mãe conseguir falar com os filhos, ligar para alguém de qualquer lugar, uma ligação de emergência. Rapidamente ganhou funções “inúteis”, marcas, modelos e preços diferentes, transformando-se num objeto de forte apelo, capaz de mostrar aos demais “quem você é”, diferenciar ricos de pobres, pessoas de “bom gosto” e pessoas “fora de moda”.

(Adaptado de http://panoptico.wordpress.com/2007/04/20/celular. Acesso em: 22 abr. 2009.)

Os fenômenos sociais contidos no texto referem-se exclusivamente a:

I. Mobilidade social ascendente, que expressa a melhora da posição do indivíduo no sistema de estratificação social, decorrente da posse de mercadorias tecnológicas.

II. Grupos de status referentes à hierarquização de pessoas e grupos com base em “estilos de vida” especiais identificados pela posse de certos atributos e bens peculiares que conferem prestígio, honra e distinção social a seus membros.

III. Reificação, que se refere à iniciativa do homem em atribuir a coisas e objetos inertes características de seres “animados” ou “humanizados”, portadores de propriedades “mágicas”.

IV. Classes sociais, entendidas como aqueles agrupamentos de pessoas estratificadas de acordo com suas posições nas relações de produção (propriedade, controle e apropriação dos meios de produção).

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

b) Somente as afirmativas II e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

02. (UEL)

Imagine uma cidade sem cinema, biblioteca ou livraria. Não é difícil, esta é mais ou menos a regra. Bem, se tal cidade existe, também não terá um teatro e, muito menos, um museu. Talvez nem mesmo um jornal, semanal que seja. Muitas não têm nada disso e, apesar de todo o prestígio da música popular, também não contam com uma casa de shows – loja de discos, nem pensar.

Donde essas cidades são habitadas por pessoas que nunca assistiram a um filme ou peça de teatro. Espetáculo de dança, esqueça. Nunca ouviram um concerto, nunca viram um quadro ou escultura importante e, bem provável, nunca leram um livro que não fosse o da lição. Da mesma forma, nunca recitaram ou ouviram um poema, não sabem o que é ópera e os cantores que conhecem é por ouvir falar. Há muitas cidades assim no Brasil. E não pense que sejam burgos perdidos no sertão ou no meio da selva amazônica. Algumas são bem conhecidas pelo nome e ficam em estados prósperos e orgulhosos, mais perto de nós do que imaginamos. São dados do IBGE, colhidos no último recenseamento, não muito difíceis de consultar.

O que não falta nessas cidades é televisão – porque 95% dos lares brasileiros têm pelo menos um aparelho. Mas não é bom para ninguém, nem para a televisão, que ela seja o único contato das pessoas com o mundo. Claro que, não demora muito, todas terão internet e, quando isso acontecer, dar-se-á o fenômeno de cidades que passaram da cultura zero para o universo digital, onde supostamente cabe tudo, sem o estágio intermediário, milenar da cultura analógica.

Essas cidades podem ser zero em cultura, mas têm Prefeitura e Câmara Municipal. E, em época de eleição, candidatos a deputado, senador, governador, talvez até presidente, devem aparecer por lá, com grande cara de pau. Interessante país, este que estamos formando.

(CASTRO, Ruy. Cultura Zero. Folha de São Paulo. São Paulo, 29 jun. 2011. Caderno Opinião, p.2).

A última frase do texto – “Interessante país, este que estamos formando” – mostra que

a) é uma ironia admitir que, apesar do quadro negativo da cultura, o país é muito interessante porque a internet pode suprir a cultura zero de seu povo.

b) o tom é irônico dado que a ausência de meios de acesso aos bens culturais é decorrente do empenho dos políticos nas épocas de eleição.

c) não há ironia alguma, pois o desinteresse dos políticos pelo desenvolvimento cultural decorre dos altos custos de museus, teatros, exposições e cinemas.

d) há ironia nas palavras do autor ao constatar a limitada formação cultural do país, apesar de haver autoridades que poderiam investir nisso.

e) a ironia faz parte da personalidade dos governantes, que conhecem a carência intelectual e moral do povo e nada fazem para eliminá-la

03. (UEL)

Cosme disse para dar um tempo que depois esticaria pra todo mundo de uma vez. O intruso arriscou pedir uma dose de uísque. Silva mandou que se servisse. O bruto encheu o copo até transbordar. Bebeu tudo em dois goles, sob o olhar reprovador dos presentes acerca de sua desmesura. Permaneceram como se nada estivesse acontecendo. Fumaram outro baseado, em seguida Silva esticou cinco carreiras, consumiu a sua e passou o prato para o intruso junto com o canudo feito numa nota de cinco cruzeiros. As suas mãos bêbadas deixaram o prato cair no chão. Vacilo de morte no meio da bandidagem. Cosme fez menção de agredi-lo, porém Silva o impediu de esbofetear o intruso.

– Qualé, meu cumpádi, vai se arengar com o cara só por causa de brizola? Caiu, caiu, cumpádi... Deixa pra lá. Vamos tomar uma cerva lá embaixo pra lavar o estômago.

Chinelo Virado foi o primeiro a descer para ver se estava tudo limpeza. Verificou a área, acenou para os amigos. Os cinco desceram ligeiros, tomaram o rumo da birosca que havia no Bloco Nove. Andariam cem metros. Caminhavam mudos diante do pique-esconde das crianças, dos carros na pista, das janelas dos primeiros andares na hora do jantar e novela. Silva adiantou-se para ver o que havia além da esquina que iria surgir diante de todos, seus olhos viram apenas a noite também se esticando ao longo duma viela mal iluminada. Silva virou-se para os que o seguiam. O intruso ainda viu a lua cheia de Ogum esconder-se atrás duma nuvem rala, um segundo antes de receber um tiro no peito disparado do revólver do Silva. Rodopiou e caiu lentamente em decúbito frontal. Cosme deu-lhe uma geral, conseguiu apenas alguns trocados. O corpo ficou estirado em cima da grama fria. Silva ficou nervoso com a maneira como o corpo do intruso se portou após o tiro. Quem cai de bruços quer vingança.

(LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p.113-114.)

Com base no texto e no romance, considere as afirmativas a seguir.

I. A expressão “Vacilo de morte no meio da bandidagem” assinala o rompimento, por parte do intruso, de uma norma do tráfico para a qual não se obtém perdão.

II. A presença de palavras do tipo “qualé”, “cumpadi” e “cerva” assinala que os níveis culturais do narrador e o das personagens são muito semelhantes.

III. O termo “brizola”, presente em todo o romance, faz parte da gíria utilizada pelos personagens traficantes e quer dizer “cocaína”.

IV. Ao ficar nervoso com a forma como o corpo do intruso caíra após o tiro, Silva, na verdade, temia uma possível reação armada da vítima.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as alternativas I e III são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas II e III são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas

04. (UEL)

Felicidade

Outro dia, falando na vida do caboclo nordestino, eu disse aqui que ele não era infeliz. Ou não se sente infeliz, o que dá o mesmo. Mas é preciso compreender quanto varia o conceito de felicidade entre o homem urbano e essa nossa variedade de brasileiro rural. Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em "ter coisas": ter apartamento, rádio, geladeira, televisão, bicicleta, automóvel. Quanto mais engenhocas mecânicas possuir, mais feliz se presume. Para isso se escraviza, trabalha dia e noite e se gaba de bem-sucedido. O homem daqui, seu conceito de felicidade é muito mais subjetivo: ser feliz não é ter coisas; ser feliz é ser livre, não precisar de trabalhar. E, mormente, não trabalhar obrigado. Trabalhar à vontade do corpo, quando há necessidade inadiável. [...]

A gente entra na casa de um deles: é de taipa, sem reboco, o chão de terra batida. (Sempre muito bem varrida, tanto a casa quanto os terreiros.) Uma sala, onde dormem os homens, a camarinha do casal ou as moças, o minúsculo puxado da cozinha, o fogão de barro armado num jirau de varas. Móveis, às vezes, uma mesa pequena, dois tamboretes. Alguns possuem um baú; porém a maioria guarda os panos do uso num caixote de querosene. [...]

Nessa nudez, nesse despojamento de tudo, dê-lhes Deus um inverno razoável que sustente o legume, um pouco de água no açude e não pedem mais nada. De que é que eles gostam? Gostam de dançar, de ouvir música – pagam qualquer dinheiro por um tocador bom e obrigam o homem a tocar ininterruptamente dois, três dias seguidos. Gostam de festas de igreja, e ainda gostam mais de jogo, baralho ou dados. (Conhecem pouco o jogo-de-bicho.) Namoram sobriamente e, se apreciam mulher, como é natural, pouco falam nisso. Gostam de doces de qualquer espécie, e de aluá, que é uma bebida feita com milho ou arroz fermentado e adoçada com rapadura. Adoram cachaça. Mas, acima de tudo, gostam desta terra velha, ingrata, seca, doida, pobre; e nisso estou com eles, e só por cima dela temos gosto em tirar os anos de vida, e só debaixo dela nos saberá bem o descanso, depois da morte.

(Junco, junho de 1955)

(QUEIROZ, Rachel de. Melhores crônicas de Rachel de Queiroz. Seleção de Heloísa Buarque de Hollanda. São Paulo: Global, 2004. p.143-146.)

Acerca do texto, assinale a alternativa CORRETA.

a) O texto é predominantemente dissertativo, amparando-se a autora na defesa de argumentos que demonstrem a maior viabilidade de felicidade no sertão.

b) O texto é predominantemente narrativo, apresentando ações praticadas pelo homem do sertão e acontecimentos protagonizados pelos homens da cidade.

c) O texto é predominantemente descritivo, tendo como foco principal o caboclo nordestino; o homem urbano tem importância secundária para que se estabeleça o contraste entre os dois

d) A cronista apresenta o conceito de felicidade dos dois estilos de vida, mantendo um posicionamento neutro, sem demonstrar preferências.

e)A cronista apresenta os fatos na perspectiva de um habitante da cidade, que avalia com desdém a vida do caboclo sertanejo.

05. (UEL)

A partir da leitura do texto e com base na obra Melhores crônicas de Rachel de Queiroz, considere as afirmativas a seguir.

I. Apesar de os textos se vincularem ao gênero crônica, a linguagem é formal e distanciada do cotidiano.

II. Suas crônicas apresentam um certo grau de intimidade e proximidade com o leitor, parecendo casos verídicos contados entre amigos.

III. A autora apresenta uma simplicidade estilística, aproximando-se do despojamento da vida no sertão.

IV. Os temas relacionados ao sertão são recorrentes, num tom de saudosismo.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as alternativas II, III e IV são corretas.

06. (UEL)

“Uma noite, porém, finalmente, uma noite fantástica de branca, triunfei! Achei-A... sim, criei-A!... criei-A... Ela é só minha – entendes? – é

só minha!... Compreendemo-nos tanto, que Marta é como se fora a minha própria alma. Pensamos da mesma maneira; igualmente sentimos. Somos nós-dois... Ah! e desde essa noite eu soube, em glória soube, vibrar dentro de mim o teu afeto – retribuir-to: mandei-A ser tua! Mas, estreitando-te ela, era eu próprio quem te estreitava... Satisfiz a minha ternura: Venci! E ao possuí-la, eu sentia, tinha nela, a amizade que te devera dedicar – como os outros sentem na alma as suas afeições. Na hora em que a achei – tu ouves? – foi como se a minha alma, sendo sexualizada, se tivesse materializado. E só com o espírito te possuí materialmente! Eis o meu triunfo... Triunfo inigualável! Grandioso segredo!...‘” [...]

Tínhamos chegado. Ricardo empurrou a porta brutalmente...

Em pé, ao fundo da casa, diante de uma janela, Marta folheava um livro...

A desventurada mal teve tempo para se voltar... Ricardo puxou de um revólver que trazia escondido no bolso do casaco e, antes que eu pudesse esboçar um gesto, fazer um movimento, desfechou-lho à queima-roupa...

Marta tombou inanimada no solo... Eu não arredara pé do limiar... E então foi o mistério... o fantástico mistério da minha vida...

Ó assombro! Ó quebranto! Quem jazia estiraçado junto da janela, não era Marta – não! –, era o meu amigo, era Ricardo... E aos meus pés – sim, aos meus pés! – caíra o seu revólver ainda fumegante!...

Marta, essa desaparecera, evolara-se em silêncio, como se extingue uma chama... (SÁ-CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio. São Paulo: Princípio, 1994. p.93-95.)

Acerca do texto, considere as afirmativas a seguir.

I. O termo “mal” em “A desventurada mal teve tempo para se voltar...” expressa ideia de tempo.

II. O termo “que” em “Ricardo puxou de um revólver que trazia escondido no bolso...” tem função de complemento do verbo “trazia”.

III. A partícula “lho” em “desfechou-lho à queima-roupa...” corresponde à junção de “a ela” (Marta) e “o gesto”.

IV. O termo “Marta”, na última frase do trecho, é um vocativo.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas

07. (UEL)

A Dilma não é Lulodependente

“Vinde a mim vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Cristão de boa cepa – já quis até ser padre –, o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, continua com o hábito de escolher, matinalmente, o versículo do dia. O da quarta-feira, 27 de julho, era este de Mateus 11, 28-30. Oprimido ele não está, mas o cansaço não dá para esconder. “Isso aqui não para”, disse logo depois de voltar de mais uma reunião “com a Dilma”. É como ele a trata, alternando com o “presidenta” quando acha mais adequado. “Eu chamo mais ela de Dilma que chamava o Lula de Lula. O Lula gostava muito que a gente o chamasse de presidente”. Aos 60 anos, o ex- seminarista, ex-sindicalista e ex-dirigente do PT quer ser ex-ministro no fim deste mandato, “se a presidenta quiser que eu fique até lá”. (Adaptado de: CARVALHO, Luiz Maklouf. A Dilma não é lulodependente. Época, São Paulo, p. 70. 8 ago. 2011.)

Com relação aos recursos linguísticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. A frase “oprimido ele não está, mas o cansaço não dá para esconder” mantém uma relação de intertextualidade com o versículo que inicia o texto.

II. Tanto no trecho “o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência,” quanto no trecho “continua com o hábito de escolher, matinalmente, o versículo do dia”, as vírgulas separam o sujeito do aposto.

III. Em “aos 60 anos, o ex-seminarista, ex-sindicalista e ex-dirigente do PT quer ser ex-ministro no fim deste mandato”, o autor utiliza vírgulas, pois se trata de uma enumeração.

IV. A expressão “lulodependente”, do título do texto, é um neologismo.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

08. (UEL)

A Capital Federal é uma peça que se insere na tradição do Teatro de Revista brasileiro, forma dramática que “passa em revista” os fatos

mais importantes do ano anterior. De feição crítica, faz-se presente a caricatura de diversos tipos sociais por meio das personagens.

Assinale a alternativa que associa corretamente cada personagem à sua função social apresentada na peça.

a) Eusébio é a caricatura do caipira esperto que consegue se dar bem na cidade grande e deixa o espaço rural para trás.

b) Figueiredo é a paródia do marido exemplar, pois, apesar de ter mulher e filhos, vive aliciando mulatas para a prostituição.

c) Lourenço representa o astuto explorador da prostituição, mas vê na corrida de cavalos um meio ainda mais fácil de enriquecer.

d) Lola encarna a cortesã que vive de seduzir homens ricos e ingênuos a fim de arrancar-lhes dinheiro para financiar sua existência luxuosa.

e) Benvinda é a caipira ingênua que fica dividida entre a vida glamorosa como atriz nos palcos da corte e o prazer da vida pacata no sítio.

Leia o texto:

“Parece que todo lo que viene de los mayores no tiene valor y esto hay que cambiarlo, entre todos”

Vivimos en una sociedad donde la belleza y la juventud parecen ser lo único importante, donde parece que la experiencia y el conocimiento de los mayores ha perdido importancia. Pero eso no quiere decir que se les haya acabado su oportunidad, todo lo contrario, las previsiones indican que el sector de los servicios a personas mayores es el que más va a crecer en los próximos años. "El futuro está en el sénior, por tanto, ahora más que nunca debemos aunar esfuerzos para mejorar su calidad de vida", explica Ana Margarito, CEO de la plataforma 60 y mucho +, que ofrece información sobre productos, servicios, noticias, formación, deportes, salud o viajes.

Para la experta, las personas mayores han sido siempre el referente de la experiencia y el conocimiento, de hecho, en muchas culturas sigue siéndolo: "Sin embargo, en nuestra sociedad, parece que todo lo que viene de los mayores no tiene valor, esto es lo que tenemos que cambiar, y tenemos que hacerlo entre todos, jóvenes y mayores, empresas, instituciones, familias.” [. . . ] Margarito hace un recorrido sobre cómo afronta la persona la vejez y cómo la sociedad puede ayudarles a vivir con calidad.

Pregunta. ¿La jubilación, en su opinión, es un antes o un después en la vida de todas las personas?

Respuesta. En mi opinión, el concepto de la jubilación ha cambiado radicalmente. Hace unos años, suponía para muchas personas la etapa previa a los últimos años de la vida. [. . . ] Se sentían apartados y comenzaban a sentirse inútiles. La depresión era una de las enfermedades asociadas a la jubilación, debido a su baja autoestima y falta de actividad. En la actualidad, es todo lo contrario, la

jubilación representa una etapa más de la vida, un momento en el que disfrutar de los resultados del esfuerzo de toda una vida; un tiempo que te permite llevar a cabo tus aficiones, realizar todo aquello que tus responsabilidades familiares y laborales no te permitieron. Pero también es una etapa en la que tienes que mantenerte activo física e intelectualmente para evitar enfermedades degenerativas [. . . ].

P. ¿Qué beneficios puede tener la jubilación para estas personas?

R. Hay estudios que afirman que finalizar la etapa laboral disminuye la depresión, pues el porcentaje de españoles de 55 a 64 años que presentan síntomas depresivos es un 27% mayor que el de los mayores de 65 años, que ya se han jubilado. Además, el estilo de vida pasa a ser más saludable. No solo porque por fin se deje atrás el estrés que provoca el trabajo, sino porque, tal y como revela el informe de Vivaz, el porcentaje de españoles de 65 a 75 años que realiza ejercicio de forma regular aumenta un 28% respecto a la década previa al retiro. Además, se sigue la dieta mediterránea con más asiduidad (+12%), se fuma y se bebe mucho menos (-61% y -6%, respectivamente) y se está más satisfecho con la vida social (+9%).

P. En su red de servicios para los más mayores, ¿qué es lo que más demandan?

R. [. . . ] El sénior del siglo XXI no quiere que decidan por él, ni quiere vivir en instituciones de largos pasillos donde todo esté decidido, cuándo tienen que levantarse, lo tiene que comer, a qué hora tienen que ducharse, etcétera. Quiere tomar sus propias decisiones sobre cómo quiere pasar su vida después de la jubilación.

P. ¿Cómo podemos, como sociedad, mejorar su calidad de vida?

R. Según vamos avanzando en edad, muchos mayores sienten que no cuentan con ellos para tomar decisiones familiares y reclaman más afecto y comprensión. Sienten que solo son importantes en los periodos electorales [. . . ]. Pero el resto del tiempo son los eternos olvidados. La soledad es una de las peores lacras que tiene nuestra sociedad y el sector que más la sufre es precisamente el del mayor. Por tanto, a su pregunta sobre si la sociedad apoya a los mayores, mi opinión es que no [. . . ]. Cambiemos el modelo de las residencias [.

. . ]. El modelo de atención que se está implantando se denomina “mi casa”, y está basado en una nueva forma de vivienda alternativa a la residencia, un lugar grato y confortable que se parece más a su hogar, en el que la persona sigue manteniendo el control de su vida, se respetan sus derechos y decisiones, y no se interrumpe de forma brusca su proyecto y forma de vivir anterior. [. . . ] Servicios que permitan potenciar sus capacidades, sus habilidades, y como no, sus formas de ocio; y no será suficiente atender solo sus patologías y déficits. Lugares donde la dignidad no se pierda solo por haber cumplido una edad o por necesitar una atención sanitaria.

Otra forma de mejorar la calidad de vida de la sociedad en general es potenciando la intergeneración, de nada sirve que una sociedad camine de forma independiente en función del sector del que se trate. La intergeneración provoca empatía, [. . . ]. Te pones en los zapatos de la otra persona y eres capaz de entender lo que necesita. Además, las empresas deberían darse cuenta de que un equipo de trabajo intergeneracional, donde la experiencia, el conocimiento, la tecnología, la formación y la ilusión, siempre asegurará el éxito de un proyecto. De nada sirve despedir a las personas por el solo hecho de haber cumplido una cierta edad, ¿qué pasa con su conocimiento y su experiencia? Hasta que cumplieron los 50 eran profesionales de primer nivel y una vez llegados a esa edad, ¿ya no sirven?

Adaptado de://elpais.com

09. (UEL)

Em relação ao título do texto “Parece que todo lo que viene de los mayores no tiene valor y esto hay que cambiarlo, entre todos”, considere as afirmativas a seguir.

I. Apresenta um desafio enfrentado por pequenos negócios que atendem os mais velhos.

II. Alerta para a necessidade de mudança de postura geral sobre a forma como os idosos são vistos.

III. Propõe uma reflexão sobre a falta de empatia que enfrentam aqueles que envelhecem na atualidade.

IV. Considera que é necessário que a sociedade mude em relação à consideração e ao respeito pela terceira idade.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

10. (UEL)

O texto afirma que houve uma mudança social em relação a uma etapa da vida, na qual, atualmente, a pessoa pode se dedicar aos seus hobbies, por exemplo, ao dispor de mais tempo livre.

Em espanhol, esse momento da vida da pessoa é chamado de

a) afición

b) intergeneración

c) experiencia

d) retiro

e) residencia

11. (UEL)

Imagem ilustrativa da imagem FOLHA VEST CADERNO 6
| Foto: Reprodução

Leia o fragmento a seguir.

“A fumaça que sai da ponta acesa do cigarro possui as mesmas substâncias daquela que o fumante inala, porém algumas encontram-se em concentrações maiores: 50 vezes mais alcatrão e até 5 vezes mais nicotina e monóxido de carbono”.

Com relação ao fragmento, considere as afirmativas a seguir.

I. Os termos “daquela” e “algumas” referem-se, respectivamente, às palavras “fumaça” e “substâncias”.

II. A conjunção “porém” inicia oração que estabelece ideia de conclusão com a anterior.

III. O trecho logo após os dois pontos tem função de aposto explicativo referente à expressão “ponta acesa do cigarro”.

IV. A preposição “até” estabelece um limite para o número de vezes em que certas substâncias estão concentradas.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e III são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas II e III são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas

Confira o gabarito com as respostas do Caderno 6 do Folha Vest